Treisman tem um novo working paper no NBER. Essencialmente, ele argumento que 2/3 de sua amostra são de países nos quais a democracia surgiu por “erro” mesmo. Ponto interessante porque, muitas vezes, esquecemo-nos que o ser humano é falível, imperfeito e é este mesmo ser humano que exerce o poder em um regime mais fechado.
Ao argumento desenvolvido pelos autores deste ótimo livro, portanto, temos uma adição interessante: muitas vezes a mudança se dá por erros da elite de uma ordem de acesso limitada (OAL), não necessariamente por janelas de oportunidade.
O que assusta é o percentual que Treisman reputa aos “erros”: 2/3. Mas é mais um ponto a ser estudado por quem curte pesquisar mudanças institucionais e seus impactos no bem-estar.