Como não poderia deixar de ser, é um problema relacionado com a oferta e a demanda. Do lado da demanda, o autor deste artigo (artigo de jornal, ok?) chama a atenção para o aumento da popularidade do esporte (o que é ótimo!) com o consequente aumento da procura dos atletas por parte de prefeituras (para exibições).
Do lado da oferta, o sumô exige indivíduos fortes e pesados. O autor também aponta para um aumento do peso e da altura médios dos lutadores ao longo dos anos (segundo o “Sumo Kimarite Picture Book, da “Beisebol Magazine Ed., 2016”), a altura média evoluiu de 1.79 para 1.85 cm e o peso médio, de 116 para 164 kg entre 1960 e 2015 (ver p.106) . Como é um esporte de impacto sem proteção (como o rugby, por exemplo), não é estranho que as lesões se tornem mais frequentes.
O problema, como em qualquer esporte, é encontrar o número de lesões ótimo. Neste caso, trata-se de minimizar o número de lesões e o que incomoda os lutadores é que eles podem cair no ranking caso se ausentem muito (veja o artigo citado). A última temporada ilustra bem as consequências disso com muitas ausências notáveis entre os principais lutadores (yokozunas e oozekis).
É verdade que, sem eles, aumenta a incerteza quanto ao resultado do torneio (aumenta o chamado balanço competitivo), mas o outro lado da história é que o balanço aumentou porque alguns dos melhores competidores estão ausentes e isso não necessariamente atrai mais público para as temporadas.
p.s. Eu não tenho os dados de público por temporada, mas já sei onde encontrá-los. (^_^)