Não acreditei quando li. Mas é verdade.
Triste.
De Gustibus Non Est Disputandum
Porque não existe almoço grátis
Imagine uma economia cujo governo adora controlar, comandar e planejar, gerando déficits públicos contínuos e na qual o setor privado que ainda respira o faz apenas pela ajuda de subsídios. Claro que esta economia é muito ineficiente e não avança. Sabe que reformas precisam ser feitas, mas não o faz. Não apenas isto, mas o governo mantém e idolatra símbolos políticos de gosto (e eficácia real) duvidoso(os), ligados ao socialismo (sim, a ineficiência em pessoa…).
Imaginou? Pois é. Mas, ao contrário do que você imaginou, não é o Brasil. É a Transnistria.
Um pouco mais:
Repare no sempre negado – pelos nossos ‘inocentes’ professores do ensino médio – imperialismo russo (outrora soviético) sempre em ação e muito presente na vida dos ex-satélites.
Não fosse a ausência de recursos naturais, ceteris paribus, eu diria que as pessoas confundiriam a Transnitria com o Brasil.
Incrível, não? Eu não estranharia se alguém me dissesse que o governo de lá escolheu as empresas ‘campeãs’ por algum tipo de critério similar aos que o BNDES usou para eleger nosso empresário Eike Batista como símbolo do poderio privado (sob o forte intervencionismo estatal) nacional.
Estivesse o ditador venezuelano vivo, aposto que faria o papel de ‘influência russa’ sobre nossa economia. Aliás, lá também tem controle social da mídia.
Eu sei, você jurava que eu havia inventado a Transnitria para fazer uma metáfora com o Brasil, né? Mas, infelizmente, para os transnitrianos (por enquanto), o problema é real. Ah, não dá para dizer que a culpa é dos EUA, a CIA nem considera a Transnitria um país, mas apenas um enclave na Moldávia, apoiado pelo governo russo.
Olha aí outro uso da modelagem econômica que nos ajuda a levantar novas hipóteses sobre a história.
Physiological Constraints and Comparative Economic Development
Carl-Johan Dalgaard
and Holger Strulik
Abstract. It is a well known fact that economic development and distance to the equator are positively correlated variables in the world today. It is perhaps less well known that as recently as 1500 C.E. it was the other way around. The present paper provides a theory of why the “latitude gradient” seemingly changed sign in the course of the last half millennium. In particular, we develop a dynamic model of economic and physiological development in which households decide upon the number and nutrition of their offspring. In this setting we demonstrate that relatively high metabolic costs of fertility, which may have emerged due to positive selection towards greater cold tolerance in locations away from the equator, would work to stifle economic development during pre-industrial times,
yet allow for an early onset of sustained growth. As a result, the theory suggests a reversal of fortune whereby economic activity gradually shifts away from the equator in the process of long-term economic development.
Fala que Economia não é bacana agora, fala!