O título da matéria parece carregar na conotação negativa implícita. Eu reescreveria para: ampliação das opções de consumo faz com que diminua o consumo relativo de uma das opções. Fica meio óbvio, mas é isso.
A matéria, contudo, lembra-nos de algo muito interessante sobre teoria do consumidor: a questão das preferências e a própria definição de “bem”. Afinal, como sabem os estudantes do primeiro ano, “um copo de água” e “um copo de água no deserto após dois dias de caminhada” não são o mesmo bem.
Então, sim, “sucos e achocolatados” não é a mesma coisa de “sucos e achocolatados no café da manhã” e, de novo sim, a ampliação das opções faz com que o mesmo consumidor tenha mais itens para serem gastos com sua renda (permanente) o que, portanto, faz com que caia a proporção do item no total do orçamento.
Eu, por exemplo, não conhecia alguns tipos de cerveja e, após conhecer, passei a apreciar um pouco mais o produto. Obviamente, outras cervejas perderam espaço em minha restrição orçamentária, como eu disse a esta repórter.