Esta foi ótima.
Mês: março 2010
Histórias
O melhor presente dos últimos tempos
Os formandos do segundo semestre de 2009 já devem saber que esta garrafa virou minha companheira diária…
Quinta e sexta tem congresso…
…em Juiz de Fora. Só para lembrar, eu e o Fabiano do Ibmec estaremos lá. E há muito mais gente boa também. Confira a programação.
Rápidas
2. Mercado para órgãos para transplantes
Depois dizem que a teoria dos jogos não serve para nada (item 3 acima)…
AMDE
Quinta e sexta agora teremos encontro acadêmico em Juiz de Fora. Quem? O pessoal da AMDE.
Aniversário do último plano heterodoxo (ou talvez do mais desastroso de todos os planos heterodoxos)
Quem quiser entender mais sobre isto pode consultar os atuais livros-texto de economia brasileira. Mas talvez haja pistas do raciocínio heterodoxo que levou ao plano nos artigos científicos dos membros da equipe da época: Antônio Kandir, Zélia, Eduardo Modiano e Ibrahim Eris.
Seria interessante alguém levantar esta peteca: afinal, quanto da formação de cada um deles influiu no plano? Qual o papel do capital humano na formulação dos planos heterodoxos? Os formuladores de políticas sucumbiram à lógica política ou realmente se basearam em lições econômicas básicas?
Esta é uma pergunta interessante para pesquisadores de história econômica brasileira, não?
Incentivos às santificações
Interessante artigo resenhado no Marginal Revolution.
Raízes unitárias…
Erik divulga um interessante trabalho sobre inliers e, claro, mostra como economistas podem gerar tais coisas.
Estudos Econômicos – mais um número
Saiu a última Estudos Econômicos. Há dois artigos que me interessaram lá. Um do Arvate, Mendes & Rocha, sobre as preferências dos eleitores sobre gastos públicos e outro, do nosso conhecido Marcio Salvato com Cangussu e Nakabashi.
Confira!
O papel social do economista
Começa, claro, na sala de aula. Mas passa pela econometria feita com apuro. Por exemplo, podemos diminuir o vício em cigarros através do aumento dos preços. Como?
In recent work, co-authors and I claim that policymakers in lower-income countries would be able to reduce youth cigarette consumption through tax policies that increase the price of cigarettes (Kostova et al. 2010). Using individual-level data from 20 developing countries, we estimate that the price elasticity of cigarette demand among youth is -1.83.
We focus on youth (the average age in our sample is 14 years) since smoking habits are established primarily in adolescence, making this the optimal age for intervention. Our data come from the Global Youth Tobacco Survey (GYTS), combined with cigarette price data from the Economist Intelligence Unit Cost of Living Survey.
Our total price elasticity estimate can be decomposed into two parts:
- the price elasticity of smoking participation (-0.63), and
- the price elasticity of consumption intensity (-1.2).
The first represents the effect of price on smoking prevalence while the second represents the effect of price on the number of cigarettes consumed by smokers. We estimate that a 10% increase in price would reduce youth smoking rates by 6.3%. We also estimate that a 10% increase in price would reduce the average number of cigarettes consumed by young smokers by 12%. Overall, a 10% increase in cigarette price would reduce youth cigarette demand by 18.3%.
Leia todo o texto aqui.
Adeus Geraldão
A notícia me chega via Philipe: Glauco morreu em um tiroteio.
Investidor estrangeiro na era da Silva
Eis quem realmente ganhou um bocado.
O federalismo brasileiro é uma herança maldita…desde o fim do império?
Talvez. De qualquer forma, aqui há referências para dois promissores textos (vou tentar ler assim que puder). Vale a pena para quem gosta de discussões sobre federalismo e economia.
Covardia não vale
O que acontece quando um aluno faz um discurso na formatura que desagrada um professor que defende uma ideologia, digamos, bolivariana?
Isto.
Ok, poderia ocorrer o contrário (nunca vi, mas concedo o argumento) e seria igualmente feio. Diego, aqui, a minha homenagem: Parabéns, cara! E veja que, infelizmente, tem gente que realmente vê a Academia como simples chiqueiro no qual porcos recebem sua ração diária de ideologia. Uma pena.
Como pessoas são racionais, elas reagem. Logo, gente como você se forma , aí sim, com uma visão crítica da realidade. No final, é tudo o que eles dizem…mas nem sempre praticam, como visto neste episódio.
Algumas
Primeiro, esta excelente reflexão sobre os pais que resolveram educar os próprios filhos (que, aparentemente, não são monstros, não geram externalidades negativas, assimetria de informação ou poder de mercado…). Segundo, Vargas Llosa dizendo algumas verdades sobre a América Latina. Terceiro, o que será que a nossa diplomacia tão amável com teocratas iranianos fará contra a Rússia? Quarto, a ridícula tentativa de “ampliar” direitos humanos básicos – que devem sempre ser fornecidos (sem qualquer análise de custo-benefício) se depara com um paradoxo. Quinto, as mulheres têm o que comemorar?
Krugman
Krugman parece sofrer de esquizofrenia. Ou então é mesmo um problema que ele não consegue resolver entre suas preferências normativas e seus estudos positivos.
Sociologia é uma coisa, palhaçada é outra, bem mais frequente…
Muitos leitores chegam aqui, encontram a economia, torcem o nariz para o que não entendem, mandam comentários escritos em um português incompreensível até para minha sobrinha de 10 meses (mens sana in corpore sana?) e reclamam (quando conseguem articular alguns conceitos linguísticos básicos): “queremos mais sociologia”. Em homenagem a eles – e também aos meus leitores educados – aqui vai a queixa de um sociólogo.
Falhas de mercado e falhas de governo
p.s. volto à economia logo mais.
p.s.2. A presidência do Brasil não é muito diferente das bananices vizinhas. Goste o MAG e seus diplomatas adestrados ou não. Por um Fiat Elba, outro presidente já caiu. Éé…
Três Shikidas e a conta
Mesmo que um Shikida não te veja…mais dois poderão estar te vigiando. Aliás, o preço da liberdade é a eterna vigilância.
Ambiguidades
Burocratas do governo pressionam o setor privado de um lado, liberam colegas de outro.
A tal democracia participativa
Nos anos 80, hordas de cientistas políticos e (s)ociólogos (Ah, Gaspari…) buscavam seu bezerro de ouro: um partido proletário que não os fizessem ir às ruas metralhar pessoas e que sustentasse suas crenças socialistas com um zelo quase Al-Qadariano e uma preocupação intensa com o marketing político divulgando a mensagem divina: somos éticos.
Um dos sintomas deste comportamento, divulgado aos quatro ventos pelos seguidores desta fé, era: “nosso partido faz prévias, os dos “coronéis-oligarcas” não faz. “Nossos militantes são espontâneos, é um partido de base”.
Isto tudo acabou aos poucos. Mas a pá de cal veio em 2010.
Quando o editor é um picareta
SB traz mais um artigo científico que trata do tema dos editores e pareceristas sem-vergonhas. Pior de tudo é ver artigos inéditos sobre temas atuais esperarem dois anos SEM parecer algum porque o editor achou que o trabalho (de editor) era muito chato. Ou mesmo artigos esperarem um ano, SEM parecer algum e o editor ser incapaz de explicar porque sua instituição promove um seminário com o mesmo tema do artigo sem que a idéia tenha tido algo a ver com o mesmo (pode-se até conceder o direito da dúvida, mas é incrível como a falta de resposta é sempre a regra).
Claro que editores e pareceristas não gostam da acusação de terem interesses próprios. Mas o que fazer se nem eles conseguem separar o que é positivo e o que é normativo? Ou quando fazem questão de ignorarem o que ensinam (que incentivos importam)?
Oferta, demanda e os erros de algumas mensagens que circulam por aí
Reproduzo abaixo dois momentos de iluminação que este blog gerou para as massas:
Primeiro, o famoso desmonte do suposto “plano infalível” para acabar com o poder econômico da Petrobrás.
Segundo: o desmonte de outra falácia. Os comentários que se seguiram a este segundo trabalho de desmistificação e iluminação das massas também valem a leitura.
Haiti
Muito se fala do Haiti, não sem razão. Mas será que alguém já imaginou em quão ruim está o Zimbabue?