O militante médio de centro-esquerda (e de esquerda) brasileiro tem o confortante (para ele) hábito de não questionar sobre certas incoerências da própria esquerda. Sem comentários sobre o uso de dois pesos e duas medidas pelas nossa nova política externa. Saiu um urânio no Irã, palmas. Obama deu um tapinha nas costas do presidente brasileiro, três vivas. O Sudão massacra, silêncio. Dissidentes políticos pedem para falar com o sr. da Silva, pretenso guia de um suposto Brasil potência, mais silêncio.
Difícil fazer política, mas é um péssimo sintoma quando qualquer um percebe as incoerências. A estratégia oculta se transforma em uma simples sucessão de erros e acertos confusos. Eis o perigo para nossa política externa.