Pára tudo, pára tudo! A matéria do jornal acabou de provar: agentes microeconômicos não seguem as regras…macroeconômicas (seja lá quais forem estas). Caos? Surpresa? Hordas de pterodoxos iniciarão a festa? Nada disto minha gente. Nem tanto, nem tanto. Antes que os pterodoxos espalhem purpurina pelo corpo e encomendem plumas e paetês para o desfile, lembre-se: agentes microeconômicos seguem regras microeconômicas.
O resto da notícia, inclusive, nem dá margem à frase de efeito:
O crescimento das vendas externas da empresa foi consistente. A Volvo exportou US$ 150 milhões em 2000, US$ 208 milhões em 2003, US$ 340 milhões em 2004, US$ 750 milhões em 2005 (graças à venda excepcional de ônibus para o Chile) e US$ 576 milhões em 2006.
De acordo com Carlos Ogliari, gerente de assuntos governamentais da empresa, o mercado sul-americano de ônibus e caminhões atravessa uma ótima fase nos últimos anos, graças ao crescimento da economia dos países e a decisão dos governos de investir em infra-estrutura.
No ano passado, as exportações da Volvo cresceram 18%, taxa bastante acima da média dos manufaturados. Mesmo assim, as importações cresceram ainda mais: 34%, para US$ 496 milhões. Com o lançamento de novos produtos, houve uma queda momentânea no conteúdo local dos veículos, diz Ogliari.
Eis aí uma regra: seu mercado cresceu via aumento de renda (saltinho bonito da curva de procura para a direita)? O que diz o manual mais básico de Economia que você conhece?