…continua na mesma.
Parece que as coisas não melhoraram muito no mercado financeiro. Claro, resta analisar os dados da economia (PIB, etc).
De Gustibus Non Est Disputandum
Porque não existe almoço grátis
…continua na mesma.
Parece que as coisas não melhoraram muito no mercado financeiro. Claro, resta analisar os dados da economia (PIB, etc).
Notícia de hoje em todos os jornais: a bolsa chinesa dá uns passos morro abaixo. Gráfico? Direto do R.
Renda, riqueza…afinal, qual a relação entre este fluxo e estoque? Tyler Cowen fala um pouco sobre o tema. Mais legal mesmo é ver como aqueles conceitos que muitos alunos não aceitam que façam parte do dia-a-dia (“isso é muito abstrato”, “meu avô disse que isso nunca apareceu no atacado dele”, etc) insistem em se fazer presentes em discussões importantes.
Claro, outro ponto bom a se destacar é o de como bons economistas usam conceitos sólidos e simples de maneira criativa. Aliás, todo bom profissional é assim.
O post não é tão recente, mas com a internet instável que tive nas férias, não pude compartilhar este texto com vocês.
Leo faz um breve resumo no qual mostra que ainda não há nenhuma novidade sobre o tema.
Uma crítica às políticas econômicas japonesas aqui. Creio que merece um estudo mais aprofundado. Eu, se fosse aluno de economia, tentaria um VAR com algumas variáveis, só para matar a curiosidade inicial. Depois faria uma pesquisa por artigos sobre o tema: “política fiscal, atividade econômica e inflação”, tanto os clássicos quanto os específicos para o Japão. Deve dar um bom passatempo.
Questões sobre a moeda chinesa sempre aparecem na imprensa e nos debates dos grupos de interesse. Mas, o que realmente sabemos sobre o Renminbi? Eis um pequeno artigo sobre o assunto.
Repasso o recado do Duke para o sr. da Silva. Só acrescento uma palavra: “Leia”.
O efeito indireto apontado pelo Ronald é, realmente, bastante razoável. Fica aí a sugestão para o povo da econometria que não tem medo de ameaças de ideólogos: estimem isto!
Quase em tom de brincadeira. O “quase” é por conta dos barulhentos da ONU e suas reprodutoras acríticas nacionais.
“I suggest the government first raise electricity and LNG prices by 15 percent and 20 percent respectively this year and then decide whether to adjust prices again next year, based on future energy prices,” Liang Chi-yuan (梁啟源), a research fellow at the Institute of Economics at Academia Sinica (中研院), said yesterday.
Que susto, heim?
Scheinkman é, sem dúvida, um dos melhores economistas de sua geração. Um teórico de mão cheia. Agora, esta matéria com ele é cheia de obviedades e uma estranha estimativa. Muito economista bom deste país selvagem poderia ter dito o mesmo que ele (eu preferia entrevistar Scheinkman sobre suas geniais sacadas teóricas, muito mais relevantes do que sua descrição da conjuntura, mas vá lá…). Mas a jornalista preferiu perguntar em Princeton. Talvez ela não aguente mais as asneiras que ouve de “supostos” economistas nos jornais sertanejos (ou seja, brasileiros). Ou talvez não tenha ouvido os economistas sérios da selva (que los hay, los hay…).
Agora, só queria saber de onde saiu esta estimativa do crescimento da economia brasileira com a mundial.
O economista estimou que, “se a economia mundial cresce 1% a mais, o PIB brasileiro cresce cerca de 0,5% a mais”.
De onde saiu esta estimativa? Se alguém tier os dados da variável “economia mundial” para eu brincar como o Scheinkman, agradeço o envio do link ou da dica.
Ajudar a movimentar a economia do país africano. Eu sei, eu sei, a globalização não é o Nirvana. Mas é melhor que sua inimiga: a não-globalização.
The Real Scandal: How Feds Invited the Mortgage Mess
Stan J. Liebowitz
Trecho:
From the current hand-wringing, you’d think that the banks came up with the idea of looser underwriting standards on their own, with regulators just asleep on the job. In fact, it was the regulators who relaxed these standards—at the behest of community groups and “progressive” political forces.
In the 1980s, groups such as the activists at ACORN began pushing charges of “redlining”—claims that banks discriminated against minorities in mortgage lending. In 1989, sympathetic members of Congress got the Home Mortgage Disclosure Act amended to force banks to collect racial data on mortgage applicants; this allowed various studies to be ginned up that seemed to validate the original accusation.
In fact, minority mortgage applications were rejected more frequently than other applications—but the overwhelming reason wasn’t racial discrimination, but simply that minorities tend to have weaker finances.
Yet a “landmark” 1992 study from the Boston Fed concluded that mortgage-lending discrimination was systemic.
That study was tremendously flawed—a colleague and I later showed that the data it had used contained thousands of egregious typos, such as loans with negative interest rates. Our study found no evidence of discrimination.
Yet the political agenda triumphed—with the president of the Boston Fed saying no new studies were needed, and the US comptroller of the currency seconding the motion.
No sooner had the ink dried on its discrimination study than the Boston Fed, clearly speaking for the entire Fed, produced a manual for mortgage lenders stating that: “discrimination may be observed when a lender’s underwriting policies contain arbitrary or outdated criteria that effectively disqualify many urban or lower-income minority applicants.”
Ficou curioso? Leia tudo lá no link original.
Lembra da antiga série “Space 1999”? Mais ou menos era assim: acontecia alguma coisa com a Lua que a tirava da órbita e a lançava, desgovernada, no espaço sideral. Estrelando Martin Landau. Grande série. É o que me parece quando alguns dizem que o Brasil não enfrentará a mesma crise que o resto do mundo enfrenta. Ok, países menos globalizados podem reagir diferentemente a choques mundiais, mas nem o grau de globalização é o único critério, nem esta reação depende apenas de fatores externos (veja, por exemplo, isto, e pense um pouco).
O Brasil não se descolou do resto do mundo. Nem há previsões de que isto ocorra no longo prazo.
…para seus estudos. Consultores desesperados também são bem-vindos. Agradeçam ao Banco Mundial, rapazes.
Confira este interessante indicador do Deutsche Bank.
O mercado está menos otimista com as perspectivas futuras, segundo leio no relatório FOCUS de hoje.
Assim se inicia o artigo de Alex Tabarrok:
Forget the talk of recession. The world is about to enter a new era in which miracle drugs will conquer cancer and other killer diseases and technological and scientific advances will trigger unprecedented economic growth and global prosperity.
Pie in the sky optimism? Perhaps. But there are reasons to be optimistic, and they rest not on science fiction but within the badly misnamed “dismal science,” economics.
To understand why economics triggers such optimism, imagine that there are two deadly diseases. One disease is relatively rare, the other common. If you had to choose, would you rather be afflicted with the rare or the common disease?
Termine de ler aqui.
O Ari acabou de falar do assunto, mas não resisto a dar meu pitaco.
Eu gosto do “Estadão”, o que não quer dizer que ache que seus jornalistas acertam em 100% das vezes. Veja, por exemplo, o título desta matéria: “Tramontina desafia a lógica e ganha mercado nos EUA”. Para mim, a lógica do capitalista (para mim e para todos os livros-texto de economia publicados no mundo) é sempre a de maximizar o valor da sua empresa. Em certas circunstâncias, maximizar o lucro já basta.
Aí você lê a matéria:
A empresa fez as contas e concluiu que fazer uma panela na China e levá-la até os EUA, seu principal mercado fora do Brasil, sairia mais caro do que fabricá-la localmente. Ou seja: a empresa optou por perder em mão-de-obra, mas ganhar em agilidade e não pagar pela burocracia nem pelas tarifas de importação e de transporte. “Foi uma boa oportunidade que surgiu. A fábrica era completamente automatizada, o que aliviaria os custos de mão-de-obra, e exigiu um investimento mínimo”, diz o presidente da companhia, Clovis Tramontina.
A empresa optou por minimizar custos (o que é sinônimo de maximizar lucros). Não há nenhuma contradição com a lógica do capitalista (a “lógica do capitalismo” é um termo muito vago para mim).
Eis um artigo interessante.
The hypothesis that economic freedom and related variables are significant determinants of real per capita income and growth is critically evaluated. Economic freedom is found necessary for higher levels of per capita income and growth largely in terms of threshold effects as opposed to persistent marginal effects. More economic freedom does not appear to yield higher levels of per capita income. And securing particular levels of economic freedom does not guarantee higher levels of per capita income or growth. Secure private property rights is found to be a most significant positive causal variable as is sound money, whereas moderate amounts of labor regulation and big government are not found to be bad for the economy. Also, good corporate governance, in addition to economic freedom, is of considerable import. Unlike most studies, traditional statistical methods are supplemented by graphical analysis in an effort to determine threshold values for economic freedom and its components.
Onde estão os nossos think tanks liberal-libertários nacionais que não publicam artigos científicos sobre o assunto? Nem o IL-RS, ou o IL-RJ, ou o Instituto Millenium têm estudos de porte sobre o tema. Economistas brasileiros preocupados com o assunto e/ou que estudam aspectos institucionais? Neste caso existem vários. Este artigo da Naritomi, do Rodrigo e do Juliano, por exemplo, é essencial. Outro interessante é este do Naércio, do Renato, da Elaine e do Luiz Guilherme.
Pesquisas como estas deveriam ser discutidas por todos os interessados no debate sobre liberdade e crescimento econômico. Creio que o debate ainda é escasso no Brasil. Se bem que estes dois artigos nos mostram que caminhamos na direção certa…
Olha aí a dica para o consultor preguiçoso: para aquele seu relatório sobre perspectivas do crescimento da economia mundial que todo mundo adora ler para depois criticar (embora não consiga fazer melhor…)