A capacidade de combate à corrupção do país melhorou, segundo a “Control Risks”.
Categoria: Corrupção
Ladrão bom é ladrão rico?
This article adds to the empirical literature on the relationship between corruption and economic growth by incorporating the impact of economic freedom. We utilize an econometric model with two improvements on the previous literature: (1) our model accounts for the fact that economic growth, corruption, and investment are jointly determined, and (2) we include economic freedom explicitly as an explanatory variable. Using a panel of 60 countries, we find that for countries with low economic freedom (where individuals have limited economic choices), corruption reduces economic growth. However, in countries with high economic freedom, corruption is found to increase economic growth. Our results contradict the generally accepted view that corruption lowers the rate of growth.
Leia mais aqui.
O modelo econômico chinês…não é tão diferente do nosso
O paradoxo da economia das Filipinas
Aqui está um artigo interessante como há muito eu não lia em desenvolvimento econômico comparado. Interessante mesmo é conhecer um pouco mais de um país tão similar ao nosso – em alguns aspectos – mas do qual sabemos tão pouco.
Foi no 2º Concurso de Monografias da CGU. O Otávio enviou a monografia “Educação e Corrupção: A busca de uma evidência empírica”. Como eu, está super contente. Parabéns a ele.
André Carraro
Não é o rei que está nu. É o Rainha…e mais ramificações sobre tudo o que originou a mística do “Terceiro Setor Puro e Angelical”
Sim, o terceiro setor, como já disse aqui milhões de vezes (o que me valeu o rótulo de “direitoso” entre os ladrões que habitam esta ficção chamada “terceiro” setor), tem problemas. Agora o jornalismo investigativo tem mais farinha para seu bolo: o MST, digo, o Rainha, que agora é conhecido (por algum motivo que desconheço) como dissidente do MST.
Claro que isto não significa que não se deva investigar as ONGs de gente que era antiga aliada de Rainha, não é, delegado?
Veja bem, leitor. O problema do brasileiro doutrinado no mainstream da história do segundo grau na era democrática (pós-1985) é que ele busca a pureza e a verdade nos tais “movimentos sociais”, mas só dos não-liberais. É verdade que ele tem poucas opções de movimentos liberais mas não sei se isto é causa ou efeito da doutrinação mainstream em história. Que raios é este mainstream? É o marxismo, em suas mais diversas variantes. O vulgarizado (como os divulgados na antiga coleção “O que é”, não a da Brasiliense, que era pluralista, mas a da editora Mir, vinda diretamente de Moscou), o gramscianismo (este é disseminado até em algumas escolas de Administração do Brasil!), o leninismo-stalinismo (a “doença infantil” do movimento estudantil), etc.
Nesta visão de mundo, tal como passada para os filhos do senhor e da senhora leitora pelos “professores”, existe o “bem” (Luke Skywalker, classe proletária e os burgueses que se arrependem antes do juízo final) e o “mal” (o resto). Esta história é martelada na cabeça dos meninos sob o manto de “visão crítica” (experimente criticar a visão crítica…como fez o próprio Marx com os irmãos Bauer em “Crítica a Crítica Crítica de Bruno Bauer e consortes”, em sua juventude filosófica, para ver o que acontece com a nota do menino no final do ano…) durante todo o ensino médio.
Como nem tudo menino é estúpido, alguns percebem que a história não segue apenas a visão do professor marxista. Estranhamente (estranhamente?), nada se fala sobre a visão da história de outros autores consagrados. Teste simples: pergunte a um menino egresso do ensino médio sobre quem é Douglass North, por exemplo. O cara conhece o pseudo-historiador Leo Huberman, o engajado Eric Hobsbawn, mas não conhece Douglass North. Lord Acton? Nem pensar. Sejamos mais bonzinhos: Leopold von Ranke? Nada. Quando a inovação vem, ela só pode ser baseada no marxismo (como na tribo de historiadores fiéias à “hidráulica na antiguidade e os meios de produção”). Nem Kenneth Maxwell escapa da vulgarização que se faz por aí. Não é que não haja historiadores marxistas sérios no Brasil. Há. Jacob Gorender é um deles e tudo o que ele publica deve ser, sim, lido, entendido e, claro, criticado (como tudo o que qualquer cientista escreve).
A ciência não é uma luta do bem contra o mal (ou do mal contra o bem, como diria algum imbecil sobre alguma “visão alternativa” do problema). A ciência – e a história é parte da ciência – é algo muito mais rico do que se ensina por aí. Após meu doutorado em história e desenvolvimento econômico, hoje, percebo o quanto os professores do ensino básico e médio me prejudicaram com sua visão limitada ou parcial dos fenômenos. Vá lá que alguns não fizessem isto por mal e que fossem apenas incompetentes no sentido de não serem capacitados para a tarefa a que se propuseram. Isto é verdade. Mas a história vai muito além do que se ensina no colégio. Refaço a frase: não existe apenas uma visão da história e explorar outras visões nos ajuda a ter um verdadeiro espírito crítico.
Finalmente, se você tem um verdadeiro espírito crítico, é óbvio que jamais cairia no papo furado de alguns “marketeiros” do Terceiro Setor que vendiam isto, no início dos anos 90, como a panacéia contra a sacanagem e “tudo isto que está aí” dos políticos ou de alguma suposta sociedade repressora. É óbvio que há corrupção e muita sacanagem no Terceiro Setor tanto quanto nos outros setores. É óbvio que há ONG’s que se salvam no mar de lama. Mas é óbvio que não é justo vender esta história de que ONG’s “de esquerda” são “do bem” e ONG’s “de direita” (não conheço nenhuma) são do mal. Isto sem falar, como disse ontem, na proposital confusão entre “direita”, “conservadores” e “liberais (ou libertários)”. Já falei muito disto aqui neste blog e nosso plantel de leitores não varia muito de forma que é desnecessário voltar ao tema. Apenas indicarei o Politopia como referência.
É isto aí leitor, nem tudo que reluz é ouro.
Ladrão que rouba ladrão…
Tradicional família mineira porcaria nenhuma…
Nem em paridade do poder de compra…
…você consegue igualar os valores de um “suposto” mensalão (lembra dele?). Não, sul-coreanos, não tentem desafiar a potência brasileira. A corrupção na autoridade fiscal sul-coreana é de proporções escandalosas (para não-selvagens).
If Jun is convicted of all charges, he faces at least seven years in prison.
With the warrant, the prosecution escorted Jun to the Busan Detention Center last night.
Jun is suspected of receiving a total of 50 million won ($55,078) and $10,000 in cash from July last year to January this year in five payments from a subordinate who had sought to buy a promotion. Chung Sang-gon, then the head of the tax office in Busan, testified earlier that he paid the bribes to Jun.
At Jun’s order, Lee Byeong-dae, the current head of the Busan tax office, had visited Chung, who is already in detention, and tried to persuade him not to testify against Jun, prosecutors have said. Lee met with Chung twice, on Aug. 20 and in early September, the prosecution has said.
Como se vê, não é só na selva que a corrupção e a autoridade tributária (fiscal) se atraem. Trata-se de uma lei universal: onde há recursos obtidos de forma coercitiva (mas legal), há gente querendo meter a mão. Mas, cá para nós, o Brasil, um país de tolos, é bem mais competente na forma de se destruir a vida alheia. Faz sentido: não temos furacão, maremoto ou terremoto. Como é que seríamos punidos sem catástrofes naturais? Resposta simples: pela mão do próprio homem. Homem Macunaímico, devo dizer.
O uso do conhecimento
Insumos em uma função de produção de crimes: exemplo brasileiro. Sim, produz-se algo, é verdade. Mas pense bem: produz-se um mecanismo de redistribuição de recursos na economia não-baseado na eficiência da alocação dos recursos. A diferença entre isto e o governo é que aceitamos, geralmente, as distorções geradas pelo governo por via do voto e de nossa visão de que o sistema político pode ser algo interessante para nossa vida.
Já disse isto muito aqui: a alocação de recursos pode se dar de três formas: trocas voluntárias (mercados), trocas involuntárias sob coerção legal (governo) e trocas involuntárias sob coerção ilegal (violência).
Claro, há tipos intermediários, mas esta é a tipologia básica.
Pode uma ONG levar a mídia a uma cobertura viesada pró-Leviatã?
Pode. Ou seja, menos festinha para o lobby do terceiro setor e mais atenção, (e)leitor. E não falo de CPI’s. Falo de incentivos, racionalidade, coisas que a gente vê no dia-a-dia. Aliás, vale a pena ler mais deste economista.
Economia oculta
Quanto gira na economia por conta da corrupção ou da economia “paralela”, “informal”, enfim, aquilo que chamamos de shadow economy? Para o Brasil, entre 1999 e 2000, girava em torno de 39.8% do PIB. Já em 2004-2005, este número pulou para 41.8%. Se você parar para analisar os dados, verá que nossa carga tributária é quase uma irmã gêmea de nossa economia oculta.
Obviamente, eu acho que seria bem interessante verificar o quanto a intervenção governamental gera de economia oculta. Mais ainda, eu aposto que economias que seguem o padrão “primeiro gastar para depois tributar” devem ser as que apresentam maiores parcelas ocultas do PIB.
E você, o que acha?
Sociologia no mundo oficial
Onde estão os dados? A análise econométrica? Não sei. Então, como é que se explica esta súbita mudança de opinião sobre a corrupção no Brasil?
Trata-se do mesmo sujeito que deseja extingüir o grupo de conjuntura do IPEA. Não é à toa.
Por que tanta corrupção?
Se você sabe que a chance de ser punido neste país é muito baixa, qual o problema de roubar e caluniar? Praticamente nenhum. É assim que incentivos (não) funcionam.
Como é que se fala Brasil em japonês?
Burajiru (e também lembrando…vergonha nacional). Não é à toa que o site do Senado está fora do ar (propositalmente?).
Quem regulará o regulador?
O ministro de Assuntos Internos do Japão, Hiroya Massouda, responsável pela supervisão das declarações de bens e rendimentos dos políticos e dos partidos, admitiu neste sábado que deixou de declarar ao Estado US$ 8.600 em 2003, devido a um erro contábil.
Eis a notícia completa. É o que sempre digo: eu também gostaria de acreditar que conseguimos nove políticos éticos para cada safado. Mas é mais fácil pensar em incentivos adequados do que tentar modificar o caráter do sujeito. Pelo menos no curto prazo.
Pergunta do Adolfo Sachsida
Pense bem antes de responder. Depois clique no link. O ruim mesmo é ter que escolher entre o inferno e…o inferno.
Arrecadação aumenta…mas a criminalidade não diminui taaanto assim
O arrastão promovido por 18.200 policiais cumpriu 1.223 mandados de busca e apreensão, deteve 2.532 pessoas, sendo que o número de pessoas que continuavam presas foi suficiente para lotar dois presídios.
Eram seqüestradores, assaltantes de banco, golpistas, ladrões de carga e até policiais. Os investigadores fecharam ainda o que consideram o último bingo em funcionamento na capital.
Claudio
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Corrupção e o que se faz quanto a ela…lá
O noticiário japonês não pára de falar da Comsn (que, em japonês, fala-se “komus(s)un”).
Scandal-tainted nursing-care service Comsn Inc. signed an agreement Thursday with affiliate NSS Corp. to hand over its business and all of its employees, but the health ministry quickly objected and urged the firms to suspend the deal until the end of the business year in March.
The warning came a day after the ministry decided to shut down 80 percent of Comsn’s operations over the next five years by refusing to renew licenses for 1,655 of its nursing homes due to evidence of fraud.
Both companies are subsidiaries of Goodwill Group Inc., a major staffing agency.
On Thursday evening, the Health, Labor and Welfare Ministry told Comsn it would “be difficult” for the companies to allay public unrest over the deal. Since NSS and Comsn belong to the same corporate group, the cozy agreement has raised concerns that Goodwill is trying to sweep Comsn’s problems under the rug and prevent any attempt to hold the company accountable.
The shutdowns will affect about 60,000 elderly.
O engraçado é pensar no fetiche com enfermeiras. 🙂
Leia o resto da notícia aqui.
Claudio