O caso dos Correios é típico. Hoje mesmo há uma notícia no qual se pode até sentir o peso da moral e da ética do governo: estamos a combater o contrabando no qual se usa os Correios, nosso parceiro amiguinho. Belo discurso. Quem lê, até pensa: puxa, após o que eu vi ontem, até que ainda há decência entre membros do funcionalismo público nacional. Estão todos preocupados em que o contribuinte entenda a diferença entre crime e honestidade. Balela! Querem só a arrecadação.
Isto me fez lembrar da celeuma que boa parte de nossa mídia fez quando, após o atentado terrorista de 11 de setembro, o governo norte-americano disse que se intrometeria nas encomendas dos correios (ou algo assim) para verificar o conteúdo e tal. Tinha jornalista que só faltava pedir declaração de guerra contra a administração Bush. Os mesmos jornalistas, agora, não se preocupam muito com o que a Receita está a fazer. Direitos do indivíduo, para este povo, não podem ser violados onde são respeitados, mas podem ser desintegrados onde são parcamente respeitados.
Engraçado mesmo, contudo, é este antigo texto do Philipe, sobre o correio estatal brasileiro. O caso é, digamos, tragicômico.