Ontem estive com o senhor e a senhora Duke of Hazard (veja lista lateral de blogs…). Devo dizer, o humor do casal não mudou, o que, sim, é muito bom.
Categoria: Blogs de economia
Sou paleo e sou feliz
De Gustibus non est Disputandum – Trata-se de um dos paleo-blogueiros mais persistentes que se pode ver por aí. É recomendável lê-lo principalmente para se ter acesso às boas referências dadas de bandeja pelo autor. Para quem tem interesse em economia, principalmente pela de matiz liberal austríaco, está aí uma excelente e “clássica” pedida.
Quem disse isto foi o Ética Política. Curioasmente, embora eu goste dos austríacos e seja liberal, não sou um economista austríaco. Mas, ok, talvez ele esteja falando do Ari, do Pedro, ou do André…rsrsrs.
Doing Business Blog
Isso mesmo. Excelente dica.
Mankiw encontra os economistas pterodoxos
Este post do Mankiw é bem interessante. Ele mostra como um bom economista (o Mankiw, claro) reage educadamente aos urros primais dos pterodoxos que atiram pedras antes de conversar. Como diz um primo meu: o homem pensa, o animal reage.
Ok, homens são animais, mas você entendeu, né?
Selva Brasilis em bom momento irônico
Samuelson sobre a Crise
Um dos maiores economistas de todos os tempos, Paul Samuelson, fala sobre a crise financeira. Notem que o diagnóstico e as solucões propostas são tipicamente Keynesianas, o que mostra quão pouco os economistas entendem do problema.
Por que o governo não tem credibilidade e por que se pode votar contra a CPMF sem dor na consciência?
Duke dá outra lição de economia elementar (coisa que muita gente não entende, nem em revistas chapas-branca, nem no meio dos pterodoxos).
Outra aula de economia do Alex
Alex dá outra aula de economia.
Novo item na barra lateral
“Material Didático”. Confira. Logo acima dos “podcasts”.
Bons momentos da econometria…na blogosfera
- Efeitos fixos e aleatórios, by Laurini
- Pena de morte e homicídios, by “Overcoming Bias”
Ah sim, mais tarde tem a segunda edição do e-book.
O rei heterodoxo continua nu
Mais uma vez a falta do debate nos jornais é suprida pela boa blogosfera. Desta veze é o Laurini quem fala. E fala tão bem que vai na íntegra:
Erik escreveu dois bons comentários sobre o expurgo no IPEA e sobre a inconsistência das críticas heterodoxas. Felizmente esta problema do IPEA está tendo uma boa atenção.
Sobre o último comentário é estranho que para os pós-keynesianos a teoria de equilíbrio geral é base de toda a chamada teoria ortodoxa. E não é; é apenas uma construção que pode ser útil em muitos problemas. Por exemplo toda a literatura de microestrutura de mercado não é baseada em equilíbrio geral. Uma boa parte dos modelos em finanças não é baseada em equilíbrio, mas apenas em não-arbitragem que é um condição mais fraca.
O mais engraçado é que por desconhecimento dos pós-keynesianos, que raramente leêm o que criticam, eles perderam uma crítica possível aos modelos baseados em equilíbrio geral, que era o péssimo ajuste destes modelos aos dados reais . Algo que sempre foi criticado pelos demais macroeconomistas ortodoxos.
E estas críticas já vão ficando sem sentido, já que a nova literatura de modelos DSGE (Dynamic Stochastic General Equilibrium) tem tido bastante sucesso no ajuste aos dados reais.
A grande diferença é que na economia ortodoxa modelos que são rejeitados pelos dados são criticados e substituídos por modelos melhores.
Blogosfera de economia
Auto-elogio
Erik me faz um baita elogio, um belo post sobre política industrial e eu, claro, agradeço e descubro que não estou só. ^_^
p.s. sobre o tal e-book, teremos uma segunda edição, em breve.
O mundo blogosférico
- O que causou o desenvolvimento irlandês? – Uma boa matéria para quem acha que, o correto, é ameaçar o Congresso caso um único imposto seja extinto.
- Basta aumentar o número de pessoas na escola ou temos que discutir a qualidade do ensino? Samuel Pessôa e Naércio Menezes têm discutido isto em seus artigos. E a discussão é relevante para a América Latina. Aliás, é importante para os países ex-bolivarianos da Europa também.
- Adolfo Sachsida sobre a discriminação como um fenômeno genérico.
Selva está bravo
Filme sobre Bruna Surfistinha
Essa é impagável, um filme sobre Bruna Surfistinha onde o diretor procura uma atriz que “traduza a complexidade psicológica da personagem”… uma sugestão, seu diretor, basta chamar a mesma, que se mostrou uma grande atriz, com atuações sensíveis e psicologicamente complexas em seus filmes pornográficos… como se trata da selva provavelmente esse filme será financiado com dinheiro público…
Eu não duvido que consigam dinheiro público para este empreendimento…
A pobreza do discurso desenvolvimentista
É incrível como o Alexandre sempre destrói a falta de lógica alheia em textos concisos e bem escritos. Desta vez, a vertente desenvolvimentista da pterodoxia nacional é a vítima.
Lembra da gorjeta?
Falamos dela aqui, aqui e aqui. E agora estamos bem acompanhados: Mankiw.
Aqui vai o trecho inicial. Você, depois, leia o resto, ok?
Fascinante, não? Talvez esta pergunta seja tão boa quanto a do sushi. Ou, de forma irônica, imagine a pergunta: “por que pago gorjeta para o cara do restaurante mesmo após ele me cobrar multa pelo que sobrou no rodízio do sushi”? ^_^
Blogosfera econômica: rápido passeio
- Livros gratuitos de Economia e Análise na Reta em The Bayesian Heresy.
- Bastiat (genial) citado por Rabiscos Econômicos que, aliás, também nos cita (obrigado!).
- O Projeto de dissertação do Thomas Kang (o Fernando Zanella fez algo parecido na tese, eu acho que ainda tenho o arquivo pdf aqui no micro…).
Por que tanta ignorância quanto ao seu blog?
Dani Rodrik recebe um interessante comentário sobre seu post acerca do valor de se “blogar”, da parte de um bem-sucedido professor de Economia (e blogueiro):
[w]hy my blog is popular is a great big puzzle. I don’t understand it, but I do work hard at it, harder than most I’d guess, and I can’t say it doesn’t cost me research. But ten people will read my papers, if I’m lucky. There’s no way I will ever have the impact publishing I will have blogging–not even close–so day to day it’s hard to know where to put my effort. For my personal gain, it’s research and forget about the blog, but I’m not sure that’s best in some bigger sense. Reporters will never call based upon one (or all) of my papers….
My Department won’t even mention my bog in our newsletter. I’ve had someone visit my office to tell me I should stop doing it because the Department won’t value it, and it may even undermine academic credibility having a blog, but I figure this is what tenure is for so I said I’m doing it anyway. But it does hurt my feelings (within the Department) to be so ignored. I only have two readers here–I think it’s funny that I have more people who read at Harvard, Berkeley, etc. than here, and maybe it says something about what mid-level departments value, but it’s hard having everyone figure I am just wasting my time when they have no idea what I do. So that part of doing this has been pretty hard. It has no value whatsoever to the Department, but obviously I wish it did.
Esta é uma discussão interessante. Esta história de “tenure” é uma das mais interessantes polêmicas em Economia. Agora, há um ponto interessante nisto tudo e está no final do texto acima. Qual o valor de um departamento no qual os próprios professores não percebem as possibilidades de ensino/informação que um blog oferece? Isto sem falar na pergunta original de Rodrik, sobre se blogs e pesquisas são substitutos ou não. Talvez o anônimo autor é que esteja correto: na falta de idéias, em um intervalo (que são potenciais momentos de inspiração), pode valer a pena blogar.
Outro ponto bacana é quando ele fala de de sua audiência externa. Em nosso caso, pelo menos um aluno de graduação da distante Bahia (veja nosso “About” na coluna ao lado) fez sua monografia graças, em parte, aos contatos iniciais com os blogueiros daqui. É interessante como também já demos muitas dicas para muita gente (sobre programas gratuitos de econometria e/ou matemática) e sempre somos mais lidos em outros locais do que os nossos, de origem. De certa forma, isto mostra que talvez os blogs permitam, muito mais, a construção de redes inter-institucionais do que intra-institucionais.
Há algo de natural nisto (já que onde você trabalha, todos te conhecem, em média) e há também aqui uma boa intuição: não é que a internet separa as pessoas, mas sim que ela une pessoas que não se conhecem sem ter qualquer impacto sobre os já conhecidos. Daí a impressão, que muita gente tem, de que a “internet torna as pessoas mais solitárias”. Quem diz isto, no fundo, está se ressentindo de ter que dividir a atenção do internauta com novos amigos. Engraçado, eu nunca havia pensado nisto antes…
Rápido passeio pela blogosfera
Mais sobre o(s) novo(s) e-book(s)
Primeiro, reproduzo:
Já em fase de coleta de colaborações. A proposta é do Adolfo Sachsida. Alguns dos textos:
- A esmola é demais, os mercados são eficientes, o almoço não é de graça e o Santo desconfia
- Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura
- A galinha do vizinho é sempre mais gorda do que a nossa
Isto sem falar que há mais propostas como a do Alex Castro.
Ah sim, você não entendeu errado: são dois e-books a caminho! O dos ditados populares (Sachsida) e o outro, mais geral, proposto pelo Alex (e editado por mim, Ari, André e Leo Monasterio). Contribuições são bem-vindas.
Agora, complemento:
Agora é aguardar os alunos e colegas. Ah sim, o prof. Sachsida já está no blog. Notaram?
Atirou no que viu, matou o que não viu
Este provérbio ecoa em minha cabeça toda vez que tomo conhecimento de alguma nova tentativa de se alterar algum aspecto da realidade através de políticas públicas. Política pública é coisa séria demais para ser feita sem a devida atenção ao óbvio fato de que – aí vai meu mantra – pessoas respondem a incentivos.
Parece bobagem dizer algo assim. Não seria óbvio que todos os formuladores de tais políticas são sujeitos inteligentes e bem-intencionados? Nem sempre. E, independente disto, o potencial destrutivo de políticas públicas mal-desenhadas continua elevado. Como assim?
Pense no exemplo de uma política protecionista, freqüente e pomposamente chamada de “política industrial”. Imagine que se resolva proteger um setor da economia, digamos, os fabricantes de lâmpadas. O burocrata, por algum motivo que não vem ao caso, diagnosticou este setor como uma indústria infante, um setor tão jovem que merece proteção de seus crescidos e musculosos primos chineses, japoneses, norte-americanos ou ingleses.
Ao fazer isto, o burocrata literalmente segue o dito popular: atirou no que viu, matou o que não viu. Por que? O que ele viu? Ele viu um setor da economia que, segundo ele, segue alguma forma de crescimento análoga à que vemos nos livros de biologia. Assim, ele “atira” criando uma proteção para este setor.
Ocorre que nossos fabricantes de lâmpadas não são como os carvalhos ou os girassóis. Ao perceberem que o governo deseja protegê-los da concorrência externa, seu esforço para a produção de lâmpadas melhores, mais duradouras ou econômicas são substituídos por maior empenho na eternização de sua proteção. Afinal, que empresário não deseja ser o único do seu ramo?
A política de nosso amigo burocrata matou o que não viu. Consumidores que, de outra forma, poderiam pagar preços mais baixos para obter uma lâmpada similar à nacional (ou até melhor), são prejudicados. Pagam mais. Têm sua vida piorada de forma não-intencional pelo burocrata.
Note que a análise acima supõe que burocratas (iluminados?) e nossos (iluminadores?) fabricantes de lâmpadas não praticam (obscuras?) transações ilícitas. Não houve corrupção no exemplo. Se houvesse, claro, o tamanho do problema seria maior ainda.
O que você acabou de ler é conhecido desde a exposição inicial de Frédéric Bastiat (1801-1850), como as conseqüências não-intencionais de ações intencionais (na verdade, Bastiat, originalmente, chamou isto de o que é visto e o que é não visto).
A mensagem central deste texto talvez seja a de que é preciso muito cuidado e sagacidade para se entender todas as dimensões das ações humanas afetadas por uma mudança de incentivo (o que chamamos de design dos incentivos). Mais ainda, mesmo com toda nossa inteligência, somos limitados e, portanto, o risco de se atirar no que se vê e se atingir o que não se vê não é, de forma alguma, algo desprezível.
A história da intervenção estatal é pródiga em atirou no que viu… e o mais importante é perceber que, conquanto seja óbvio que incentivos importam, muito mais importante é entender todas as conseqüências de diferentes arranjos (designs) de incentivos que encontramos nas propostas de nosso “faroeste político”. Lembre-se: estes sujeitos usam o seu dinheiro para atirar no que vêem…e nem sempre parecem ter o mesmo cuidado na hora do disparo, matando o que nem sempre vêem: o seu bem-estar.
Convidado da semana
O convidado da semana é o Adolfo Sachsida, da UCB. Acabo de configurá-lo como mais um de nossos autores.
Novo(s) e-book(s)
Já em fase de coleta de colaborações. A proposta é do Adolfo Sachsida. Alguns dos textos:
- A esmola é demais, os mercados são eficientes, o almoço não é de graça e o Santo desconfia
- Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura
- A galinha do vizinho é sempre mais gorda do que a nossa
Isto sem falar que há mais propostas como a do Alex Castro.
Ah sim, você não entendeu errado: são dois e-books a caminho! O dos ditados populares (Sachsida) e o outro, mais geral, proposto pelo Alex (e editado por mim, Ari, André e Leo Monasterio). Contribuições são bem-vindas.
Nostalgia
Por que o Mirabel acabou?
Esta foi uma pergunta que atormentou a mim e ao Leo Monasterio durante um bom tempo. E o Philipe retoma o tema (ei, isto soa gostoso de ler!).
p.s. isto aqui é engraçado.
Voltinha na blogosfera
- Guilherme e a liberdade econômica – eis um texto interessante.
- O que a economia tem a dizer sobre a galinha do vizinho? Descubra aqui.