Texto pequeno, mas incrivelmente poderoso com um teste empírico elegante.
Categoria: ação coletiva
Mulheres espalham mais ‘fake news’? (e outras observações sobre a confiança e a economia)
Olha, como elas são mais disseminadoras de conteúdo do que os homens, e como a distribuição de notícias (‘fake’ ou não) é aleatória…
A fonte dos dados? É esta aqui.
A propósito, o mesmo relatório mostra que o seu empregador tem mais confiança do que o governo ou a imprensa. Isso reflete o mau desempenho relativo das duas últimas (nada que as brigas nas redes sociais não suporte…).
Na média mundial, os acadêmicos ainda se saem bem com a confiança das pessoas (os dados para o Brasil mostram algo similar, o que me surpreendeu).
São poucos países analisados e o tema da confiança é essencial para entendermos melhor a dinâmica da sociedade moderna. Desconsiderando meu título provocador (que destaca apenas um aspecto secundário (?) do relatório), o fato é que, como dizem os autores deste livro, a oferta de confiança no mundo está mudando, embora os demandantes sejam basicamente os mesmos.
A mudança tecnológica diminuiu os custos para a entrada de concorrentes do governo na oferta de confiança (não surpreende que o(s) governo(s) tenha(m) tido tanta dificuldade para lidar com a regulação do Uber, por exemplo). Este é o mundo com o qual temos que lidar.
O que acontece quando você substitui o mercado pela política?
Duas reflexões interessantes. Uma foi este ótimo episódio de The Orville. Uma outra visão é a de Black Mirror. No mínimo, você deveria pensar na analogia com a discussão de Escolha Pública sobre formas de alocação de recursos decididas fora do mercado (ou seja, via sistema político).
Para quem já estudou um pouco de regra da maioria, não é algo tão surpreendente, mas ambos os episódios têm seu valor para uma discussão interessante em aulas de Economia do Setor Público (regras de decisão, eleitor mediano, poder de fixar a agenda, etc).
Onde estão os movimentos “populares” nestas horas?
De acordo com a Constituição, se a sindicalização é livre, como admitir que cidadãos que não participam de um sindicato sejam obrigados a contribuir para o mesmo, descontando parte de seu salário, como manda a regulamentação do citado Imposto Sindical? Ao aceitar o Imposto Sindical, o sindicato atrela-se ao Estado, perdendo, de certa maneira, sua autonomia. Sindicato, para ser independente, tem que viver da contribuição de seus associados, exclusivamente. Além do mais, poucos são os sindicatos que prestam, realmente, algum serviço a sua categoria respectiva. Firma agrícola, em que trabalho, paga a contribuição anual sindical à respectiva entidade patronal sem nunca ter recebido qualquer serviço da mesma, nem do sindicato da categoria.
Incrível mesmo é que a CNBB, a UNE, a CUT, etc, todos eles, estão bem menos barulhentos hoje em dia. Nenhuma palavrinha – nem mesmo um sussurro – de protesto contra o “peleguismo”. Deve ser alguma coincidência cósmica. Leia todo o artigo aqui. ^_^