Além disso, é a dica R do dia de hoje! Legal, heim?

De Gustibus Non Est Disputandum
Porque não existe almoço grátis
Além disso, é a dica R do dia de hoje! Legal, heim?
Os desafios do Estado e dos servidores… bem-vindos ao último número da RSP de 2019.
We find that an increase of 1 percentage point in the valid vote to turnout ratio for state representatives increases health spending by 1.8%; education by 1.4%; public employment by 1.25%; intergovernmental transfers by 1%; and local taxes by 2.6%.
Tirei daqui e o artigo é de Schneider, Athias e Bugarin. Li só o resumo, mas é impossível não lembrar do clássico Meltzer & Richard (1981), aliás, citado pelos autores…
Fonte? Esta aqui.
Uma das propostas em charter cities é a das free private cities.
No apagar das luzes do ano, eis alguns livros que gostei de ler em 2019. Uma lista incompleta, com livros ordenados aleatoriamente.
Em retrospecto, vejo que sigo em busca de livros que me ajudem a compreender aspectos de pesquisas que, vez por outra, geram artigos científicos. É uma lista incompleta e deixou alguns ótimos livros de fora, mas creio que é isto.
Veja a imagem abaixo. Nela você vê dois kits de higiene bucal. O da esquerda eu comprei em Belo Horizonte. O outro, no aeroporto Charles de Gaulle. Percebe-se que o kit é o mesmo, mas alguém escolheu mudar o formato da escova de dente portátil.
Pois bem, adivinhe qual das escovas nunca firma após o encaixe para uso. Sim, a nacional. Terrível, mas não é uma surpresa.
Olha, se tudo der certo, prometo – se é que ainda há leitores aqui – as duas coisas. A mensagem de Natal, tradicionalmente por e-mail, talvez fique só aqui. A lista dos livros, com breve descrição/comentário, até janeiro.
Este final de ano não está fácil mas a perspectiva de futuro, sim.
install.packages(“christmas”)
library(christmas)
xmas2019regression()
Os dados estão aqui.
The Impact of Experience on How We Perceive the Rule of Law
Benito Arruñada
Pompeu Fabra University and BGSE, Barcelona (Spain)
Abstract
Experience is a major source of knowledge. Could institutions be improved by eliciting the additional knowledge held by experienced individuals? I show here that in several areas of the law experienced individuals are more critical of institutional quality than inexperienced individuals. Moreover, performance indexes built with experienced subsamples substantially alter country rankings. Assuming no unmeasured confounders, more knowledge arguably leads experienced individuals to revise the more benign view held by the general population, composed mostly of inexperienced individuals. Moreover, experience is a stronger driver than alternative sources of knowledge, including education, which might therefore be reinforcing milder and, arguably, incorrect assessments of institutional quality. After observing how this “experience effect” varies systematically across countries, I conclude by proposing that evaluations of institutional quality pay greater attention to experienced individuals and cautioning against basing inferences on assessments made by the general population.
Promissor, não?
O maior ativo do ser humano, seu último recurso, são as ideias, a sua criatividade. A criatividade é o motor que aperfeiçoa instituições milenares e também é o que as altera com tanta força que, às vezes, não as reconhecemos mais.
Ideias. Ideias surgem de um processo que não entendemos muito bem e têm um caráter muito interessante. Recentemente, na Enap, o prof. Bernardo Mueller (UnB) apresentou um aperitivo de sua pesquisa sobre a inovação. Em poucas palavras, a inovação surge do que alguns chamam de cérebro coletivo.
Paul Romer, Nobel de Economia de 2018, tem dito que a capacidade humana de gerar ideias é virtualmente ilimitada, o que é uma ótima notícia já que somos animais sociais, ou seja, temos maiores chances de sobrevivência vivendo em sociedade.
Sociedade. Sociedades se moldam de várias formas e, uma delas, são as cidades. Em qualquer lugar do planeta observamos cidades. Mas, à noite, conforme famosa foto tirada do espaço, vemos cidades reluzentes ou quase totalmente apagadas. Por que isso acontece? Há várias explicações e, uma delas, é a de que algumas sociedades adotam instituições que promovem a prosperidade mais do que as outras.
Não à toa, muitos sonham em sair de suas cidades miseráveis e morar em uma Berlin, uma Paris ou mesmo uma cidade do interior dos EUA. A imigração – voluntária ou de refugiados – é um fato que brasileiros passaram a conhecer bem com o fracasso de governos como os da Venezuela ou do Haiti nos últimos anos.
Rápido corte. Entra Brumadinho. Uma das cidades mais belas da poética Minas Gerais, Brumadinho sofreu com uma catástrofe ambiental há um ano. Várias ideias têm surgido aqui ou acolá sobre como recuperar Brumadinho mas nenhuma suficientemente ousada como a de transformá-la em uma cidade experimental.
Cidade experimental. Trata-se de uma ideia do mesmo Paul Romer. Uma ideia que possui variantes – ou seja, não há um modelo único – e que vem ganhando adeptos pelo mundo. Uma cidade experimental realmente permite a seus habitantes utilizar regras distintas daquelas do resto do país. Não, não é uma espécie de Zona Franca de Manaus recauchutada. É um Canal do Panamá, uma Hong Kong, uma Dubai. Melhor, é algo que ainda será criada.
Nossa proposta é ousada, mas humilde. Propomos que se promova um concurso público internacional para uma cidade experimental em Brumadinho. O júri seria composto por estudiosos e inovadores que trabalham com o conceito de cidades experimentais (vamos aproveitar a criatividade mundial que, aliás, teria uma chance de fazer algo de concreto pela cidade brasileira que tanto noticiou…). Simultaneamente, as administrações municipal, estadual e federal trabalhariam na aprovação de regras que permitissem a Brumadinho experimentar a possibilidade de dobrar sua renda per capita em duas ou três gerações.
Gerações. É nelas que o poder público diz pensar quando se propõe a fazer mais do mesmo. Nossa proposta não é uma panaceia, mas somos otimistas quanto ao que elas significam, em potencial, para as futuras gerações. Brumadinho 2.0 já!
Claudio D. Shikida
Marcus R.S Xavier
Pequena, mas interessante, matéria sobre o impacto da tecnologia nas revistas em quadrinhos.
Trecho:
Um quadrinista pode ganhar US$ 100 por página, mas geralmente só faz uma por dia. Um letrista ganha menos por página, mas produz várias em um só dia de trabalho.
Em outras palavras, indivíduos se adaptam às novas tecnologias buscando a melhor forma de seguir faturando com o mercado.
Veja só como os efeitos não são triviais. A própria função de produção muda com um choque tecnológico, e não necessariamente para pior. Custo de oportunidade muda (possivelmente novos custos de oportunidade surgem devido a novos insumos, etc).