Commettemos tambem a inepcia de fazer das tarifas das alfandegas um ponto de apoio da industria nacional contra o que chamava-se em França a invasão dos productos estrangeiros. (…) As industrias protegidas desapparecem ou definham, mas as taxas perduram. [Tavares Bastos, A.C. Cartas do Solitario, 1863, 2a ed., p.20]
O mais engraçado é que, outro dia, li crítica similar ao mercantilismo pombalino, que, no caso, obrigou os colonos a comprar tachos com buracos e mais caros do que os melhores (e mais baratos) ingleses.
Que tal um pouco de noção sobre o excesso de regulação no transporte marítimo?
Aqui mesmo na côrte sabemos que as commissões do arsenal teem declarado aptos para navegarem vapores em circumstancias pouco animadoras. E’ assim que a restricção fomenta a fraude das companhias, uma vez que os particulares depositam inteira confiança no resultado de um exame instaurado por commissarios do governo. [idem, p.21-2]
Tavares Bastos merecia, realmente um estudo mais profundo por parte de quem geralmente mais entende de Ciências Econômicas, ou seja, os economistas.