Foi divulgado o novo IFDM da Firjan (2015, com base em dados de 2013) e resolvi dar uma rápida olhada nos dados do Rio Grande do Sul. O que temos? Bem, resumidamente, o IFDM varia, em tese, de zero a um e quanto mais alto, maior o desenvolvimento do município (mais detalhes aqui).
Usando a classificação de faixas populacionais do IBGE, temos a seguinte tabulação para os municípios do RS (é, eu incluí a capital, deveria tê-la deixado de fora e comentado separadamente, mas não sou muito bom em questões estéticas).
O que se pode observar? Em geral, a média do IFDM dos municípios oscila entre 0.71 e 0.79 e o desvio-padrão é muito parecido inter-faixas. A capital, Porto Alegre, (algo) obviamente, tem o maior índice.
Para a região como um todo, a distribuição é:
Para cada faixa populacional, temos (novamente já me desculpo pela “capital”…):
Como fica Pelotas no estado? A cidade está em 228o no ranking estadual, com um IFDM de 0.7269 (ele está localizado ali na categoria dos municípios com 50001 a 100000 habitantes), próximo da média. Observando a evolução do município desde 2005 (a FIRJAN mostra a posição nacional apenas para esta comparação, mas você pode construir o ranking estadual a cada ano, se quiser), temos as seguintes posições:
2005 1492
2006 1482
2007 2024
2008 1603
2009 1510
2010 1184
2011 1278
2012 1517
2013 1496
Ou seja, a cidade vinha em uma evolução relativa aos outros municípios do país até 2010 quando piorou, recuperando-se na última edição do índice, retomando posição próxima a que tinha quando do início da série. Por que isto acontece é algo que demandaria um pouco mais de trabalho do que o que posso oferecer na manhã – que ora torna-se ensolarada – de um domingo como este…
Bom, os interessados podem checar os endereços acima para maiores detalhes. Mais interessante, claro, é pensar nos determinantes do IFDM dos municípios (é importante verificar se há alguma variabilidade ao longo do tempo, embora eu ache pouco provável, o que nos leva a uma análise mais longitudinal do que de painel, creio).
Quem sabe não temos algum tipo de trabalho interessante com esta base de dados no futuro?
UPDATE: IFDM para todo o Brasil? É prá já!