Lepo, lepo, lepo…lepo.
O autor do trecho acima mostra um profundo desgosto com a sociedade neoliberal opressora imposta ao Brasil pelo FHC, os tucanos, e reforçada pelo Lula e asseclas. Nota-se o uso de 4 (quatro) “lepos”, comum em frases de protesto contra o status quo que, lembremos, é sempre violento e cruel. Abaixo a censura!
Lepo, lepo, lepo…lepo.
Frase de impacto! Atinge o nosso coração! Claramente um apelo à divindade que, porque não dizer, existe dentro de cada um de nós. Sim! Somos todos meio Deus, meio Satanás. A frase acima mostra isto com clareza. Só não vê quem não quer ver e, claro, quem não quer ver não merece a alma que Deus lhe deu: é apenas um tronco seco, morto, de folhas mortas.
Lepo, lepo, lepo…lepo.
Como discordar do autor ao usar “lepo” como uma figura de linguagem tão sofisticada? Vê-se a preocupação com a política monetária proposta por economistas ortodoxos que, certamente, não leram Mises. Lepo é roundabout!
Lepo, lepo, lepo…lepo.
Assim denuncia o leitor a repressão invisível da sociedade que, guiadas por Gregórios e Sakamotos, impõe a lei da palmada ideológica sobre todos. Falou mal do “social”, só pode ser fascista! Uma espécie de ostentação da superficialidade retórica, intelectual e, como vemos no último “lepo”, espiritual. Triste fim terá este país.
Lepo, lepo, lepo…lepo.
Quão enganosos podem ser os discursos dos políticos? O autor do trecho acima captou a mensagem. Está tudo ali, para quem quiser ver (ou ler, sei lá). O primeiro “lepo” nos lembra a batalha de Guararapes. O segundo “lepo” faz alusão à decadência do império. O terceiro, ah, sempre ele, é uma poética elegia elogiosa à capacidade humana deste ser brasílico de vencer obstáculos para atingir, claro, o quarto e último “lepo” que é a sociedade igualitária, sem diferenças, de pensamento único e, claro, livre dos intelectuais burgueses.
Lepo, lepo, lepo…lepo.
Chegamos ao ponto que algumas pessoas insistem em dizer que as frases dizem coisas que elas nunca disseram. “Professor, eu lepo-lepo, mas quis dizer política monetária expansionista”, diz-em um. “Quando eu falei lepo-lepo eu quis dizer não-lepo-mas-lepo”, diz-me outro, mais sofisticado em sua tentativa de me enganar.
A verdade é que lepo, lepo, lepo…lepo não quer dizer nada mais do que isto: lepo, lepo, lepo…lepo.