Eis um argumento muito interessante sobre o porquê das pessoas terem preconceitos contra o mecanismo de mercado. Não, não se preocupe, não vou pedir privilégios especiais com discursos de “sou coitadinho porque meu tataravô era pobre, colorido e não sabia ler”. Trata-se tão somente de um argumento filosófico, aliás, muito bem calcado em fatos reais.
Ou você também não conhece um amigo que acha “lucro” imoral (ou que alguns lucros são “imorais”), sem explicar como pode, ele mesmo, ter o direito a lucrar, mas não os outros? Geralmente o argumento é o de que “eu sei o que é moral e bons valores, o outro não”. Com este pensamento, o sujeito pratica rent-seeking de maneira não, digamos, maldosa, e ainda piora o futuro da sociedade. Claro, quando a coisa ficar feia, ele genuinamente pensará que a culpa é do outro, desta coisa imprecisa e informal chamada “trocas”. Quem poderá salvá-lo? O governo.
Até onde este argumento vai na cabeça das pessoas é um problema. O outro é não corrigirmos o preconceito.