Lições para os desavisados:
“Naquele momento, o prosseguimento da guerra preocupava em particular os editores brasileiros de jornais e revistas. Havia muito tempo, especulava-se – cada vez mais – sobre um possível racionamento de papel pelo governo e havia o risco de ocorrerem ataques nazistas aos navios que traziam o produto do Canadá. Com a decretação do racionamento, a distribuição de cotas de papel se tornou uma medida eficiente do DIP para tentar calar as poucas publicações que ainda faziam a oposição a Vargas. A revista Diretrizes, editada por Samuel Wainer, foi uma das que sofreram cortes na importação de papel”. [Gonçalo Júnior – “A guerra dos gibis – a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-64, Companhia das Letras, 2004, p.95]
Note, leitor, como a mesma coisa que o DIP fez pelo ditador Vargas é hoje visto como algo inócuo (ou até bom, no caso dos malandrinhos chapas-branca) pela sociedade brasileira. A Argentina transforma-se em algo, cada vez mais, lamentável.