Já foi divulgado pelo Conservatório da UFMG.
Ah sim, eis uma amostra do que eles fazem.
De Gustibus Non Est Disputandum
Porque não existe almoço grátis
Uma escola de pensamento deve ter uma vida limitada e, em geral, curta. Ou ela convence os profissionais de seu campo a aceitarem suas propostas centrais, e neste caso sua razão de ser é dissipada, ou, se não o consegue, a futilidade e o tédio acabam com suas idéias. A Escola Austríaca existiu de 1870 a 1930, um período notavelmente longo, porque a sua rival, a Escola Histórica alemã, continuou a pregar a metodologia antiteórica para a economia. A escola alemã perpetuou-se, por sua vez, a despeito de nunca influir na economia, porque controlava o Ministério da Educação, o qual, por sua vez, tinha o controle de todas as contratações de professores. [George J. Stigler, Memórias de um Economista de Chicago, Ortiz, Porto Alegre, 1991]
Pergunte ao seu professor de Economia: já existiu algo similar no Brasil de 1500 a 2011? Cuidado na hora da resposta pois, se Stigler está correto, seu professor pode ser um dos “contratados”…
Interessante trecho para reflexão sobre, realmente, o que significa uma “escola de pensamento” em Economia.
O que a mídia e seus “formadores de opinião” nos dizem, claro, já sabemos. Mas o que a ciência nos diz? Veja a contribuição do Adolfo, aqui.
Tenho tido uma certa audiência em um antigo post sobre uma idéia que, lamentavelmente para muitos, não funciona no combate ao monopólio da Petrobrás. Agora, o Cristiano entra nesta luta, chamando a atenção para o absurdo de certas propostas.
Os comentários no post são variados. O que espanta é como muita gente argumenta: (1) você avacalhou uma idéia (que não funciona) ao mostrar que ela não funciona, (2) você, portanto, é pedante, e é obrigado a me dar uma idéia alternativa (como se eu não tivesse mais o que fazer), (3) Eu prefiro a idéia (que não funciona) do que sua “teorização” (que poupa tempo do pessoal, já que a idéia não vai dar certo). Este último item é ótimo porque há comentaristas nervosos que dizem que juntar 300 mil pessoas ao mesmo tempo é algo fácil, mas são incapazes de mostrar resultados quanto a isto. Você pede a eles para relatar o resultado deste esforço e eles simplesmente se calam (free-rider´s famous problem…).
Há os educados, claro, cujos comentários valem a pena a leitura e incentivam a criação de outras propostas. Mas o que eu noto é que muita gente não consegue perceber a importância da teoria. Se a teoria mostrou que não funciona a idéia X ou Y, então, você deve mobilizar seus neurônios para formular outra idéia, claro, que funcione.
É simples, mas o que vejo é que falta educação em princípios básicos de economia, algo que foi discutido lá no I Encontro Nacional dos Blogueiros de Economia há pouco tempo. Roseli, eu, Cristiano, Ronald, Laurini, Eduardo e os demais amigos e recém-conhecidos tratamos um pouco deste tema. Acho que o Cristiano terá novidades sobre o Encontro em breve.
De qualquer forma, o debate tem um outro aspecto bacana que é a discussão potencial de Law and Economics, algo ainda pouco conhecido dos acadêmicos de Direito no Brasil. Todos temos a ganhar com uma discussão racional, educada e minimamente intelectual (no sentido de que os participantes, pelo menos, entendem que sem teoria, a prática é errática, para dizer o mínimo).
Cristiano, meu caro, bem-vindo. ^_^
Já que educação superior privada, no Brasil, embora desprezada em discursos de muitos, é, cada vez mais, a tábua de salvação para os que acabam de ascender socialmente (sem falar dos que já estão no topo e querem qualidade, não professores que não cumprem horários ou fazem greve a cada mudança de governo…), então eu esperaria mais artigos de brasileiros nesta conferência.
Parece-me cada vez mais relevante, não?
A imprensa do país que sabe ter terroristas caminhando livremente pelas ruas parece insistir na tese de que o massacre do Rio de Janeiro é culpa exclusiva do “bullying”. Há os que insistem que armas são as culpadas, como se o percentual de pessoas com armas no país fosse elevado ou se o contrabando fosse uma peça de imaginação.
Eis a sugestão para os jornalistas: sejam menos parciais e discutam mais a presença dos fundamentalistas islâmicos no Brasil. Afinal, vocês foram corajosos de falar da suposta “Operação Condor”, arriscando o pescoço enfrentando supostos grupos poderosos. Por que não fazer isso de novo?
p.s. eu me pergunto se os terroristas que residem no Brasil possuem armas legalmente registradas…