O Coronel tem perguntas muito simples que qualquer ferrenho defensor da Administração da Silva deveria poder responder sem apelar para “mas o outro fez igual”.
Dia: julho 19, 2008
Reposição de estoque
Monopólio – uma lição simples
Monpólio é aquele sujeito sem concorrentes (substitutos) próximos. Não é caso dos Correios. Boa lição de economia.
Nos últimos 18 dias, tempo de duração da greve, o volume de entregas expressas da empresa aumentou 120% para destinos nacionais e 30% para o exterior. “A maior demanda está no eixo Rio-São Paulo e também entregas para Europa e Ásia.”
Eu me pergunto sobre o efeito do preço dos concorrentes sobre o poder de monopólio do Correio, se fosse extinto este estranho privilégio de exclusividade na entrega de correspondências e encomendas.
Veja que, por enquanto, apenas os mais ricos podem usufruir dos serviços destas companhias (uma comum consequência de monopólios estabelecidos por governos), o que dificulta ao pobre perceber a inutilidade do monopólio postal (e que ajuda os interessados na manutenção do privilégio a mantê-lo).
O problema não é do “Correio”, claro. O problema é que eleitores-pagadores de impostos são prejudicados e não há uma única alma viva neste nosso Judiciário que diga que alguém tem que pagar esta conta. Aliás, de vez em quando aparece algum, mas sempre diz que o problema é nosso (o famoso: “fod**-se o seu”) porque o Estado tem necessidades, é importante, tem o “social”, a “solidariedade”, blá blá blá…
Lei Seca
Cristiano é mais otimista do que eu e vale a pena pensar no que ele diz aqui.
Povos promíscuos e a ordem livre
Eis um bom texto da Mosca Azul. Reflita sobre isto aqui também.
O superávit primário obeso
Corte de gastos? Que nada. Preciso lembrar que o superávit primário não inclui pagamentos de juros para que o leitor perceba o tamanho do problema? Isto não é um “choque de gestão”, mas sim um “choque na gestão”. Um choque perigoso. Sabemos que ajustes fiscais baseados no aumento de impostos não são tão bons como os de corte de gastos. Mas é uma escolha de política que agrada a muitos pterodoxos.
O problema, claro, fica para as gerações futuras, estes bobocas que ainda não nasceram mas que, claro, serão a “geração do futuro” e pagarão a conta. Ou então cuidamos de olhar para a dívida pública, sua sustentabilidade, e os efeitos de longo prazo de um governo que só cresce.
Boa discussão
Ei-la. Se quiser saber mais, especificamente em Economia, faça uma busca por João Victor Issler, Ari F. de Araujo Jr, João R. Faria, eu mesmo, Walter Novaes e você terá algumas dicas de como se discute o mercado das idéias, pelo menos em Economia. Em outras áreas, que eu saiba, não há análise de desempenho dos pesquisadores com a precisão que o tema, necessariamente, invoca.
Aliás, você já leu a Dicta?
Regras ou discricionari[e]dade?
Eu sempre erro a grafia disto (eis a razão do título). Mas este antigo artigo do Cowen e Glazer é interessante.
Incentivos…
Bruno Frey, agora, cismou com os “prêmios” (não-monetários) para falar de seus incentivos intrínsecos. Acho que ele tem um ponto, mas exagera na ênfase. Em todos os casos, vale a leitura.