Selva faz um bom post:
O Mercado e os Juízes Analfabetos
Pensamos que apenas a selva é infestada por promotores e juízes católico-comunas, cuja monumental estupidez e ignorância econômica visa exterminar os pequenos focos de capitalismo existentes. Mas não se enganem, os profissionais da justiça em todo o mundo e, particularmente, nos EUA, se esforçam em conjunto para restringir, deformar e impedir, o funcionamento dos mercados. Vejam mais uma decisão dos juízes americanos visando punir empresas eficientes.
Bom ponto mesmo! Interesses nem sempre são determinados pela cultura. Incentivos, no final das contas, podem ser puramente econômicos. Em outras palavras, a pergunta relevante é: quanto da palhaçada brasileira é explicada por incentivos puramente culturais (se é que você consegue definir cultura de forma assim, digamos, estática) e quanto é oriunda dos incentivos econômicos.
Nossos neocons, por exemplo, adoram falar da cultura de 500 anos, como se em 500 anos, a cultura brasileira fosse homogênea, congelada, estática. É como se em 1990, o Brasil sofresse um único contato com culturas estrangeiras (pobres índios, sempre ignorados nestas histórias, embora se aliem aos neocons em questões que lhes interessam…). Cultura, infelizmente, é algo muito mais difícil de se definir. Talvez até mesmo o que gente boa da área de desenvolvimento econômico chame de “cultura” seja tão somente um determinante histórico da cultura inicial de um país, o que nada tem a ver, obviamente, com a cultura de hoje. Ou tem, mas é muito pouco.
Se o problema é a “cultura” inglesa, por que a Guiana Inglesa não é uma potência econômica? E Portugal? Como conseguiu ser uma potência econômica? E a Austrália, colonizada pela escória? O Suriname é um exemplo a ser seguido?
Antes de falar em cultura, pense nestes exemplos. O nó não é facilmente desatável..