Antony Mueller e sua fábula de vacas, cavalos e a economia global.
Claudio
De Gustibus Non Est Disputandum
Porque não existe almoço grátis
Mantega afirma que rumo dos juros não depende de crise externa
Então, como nos bons tempos do II PND, o que vem do resto do mundo não me atinge, certo? Mantega, em 1978, estaria no governo militar, a julgar por este discurso. Ou então faltou algo no título da matéria.
Vejamos. Seja uma crise externa. Seja um aumento no diferencial dos juros domésticos e norte-americanos (por exemplo). Vai dizer que isto não impacta no Balanço de Pagamentos? Impacta. Quanto? A depender dos pterodoxos, que acham econometria uma heresia, jamais saberemos. Mas vamos supor que haja algum impacto. A história poderia seguir em frente com eventuais efeitos…na inflação.
Ok, eu não acho que a crise seja séria a este ponto (puro palpite). Mas também não acho que o setor externo não entre nas considerações do COPOM.
Comentários?
Claudio
Adolfo Sachsida, novamente, com um bom ponto (que normalmente incomoda a esquerda anaeróbica): por que tudo o que o Bush faz é extensamente analisado pelos jornalistas e cronistas/analistas de cordel da selva, enquanto que as mesmas ações, feitas pelo sr. da Silva, não recebem a mesma atenção crítica?
Brasileiro adora meter o dedo na ferida alheia. Soprou um furacão nos EUA? Vamos falar mal do Bush. Há uma passeata contra o sr. da Silva? Milhares de artigos lamentando o golpismo iminente e a força inelutável das elites (que, milagrosamente, não consegue tira or sr. da Silva e os mensaleiros do poder…realmente é um poder imenso…devo viver numa “matrix” mesmo…).
Vá você mostrar as inconsistências – e não são poucas – de Michael Moore num bar cheio de universitários engomadinhos. Cara, é um tal de olharem para você com aquele ar arrogante. Se pudessem, pegariam um revólver e me assassinariam, tal como fez o criminoso do Lamarca ou o aprendiz de ditador, Che Guevara.
Fale mal destes ícones e você é um “conservador católico”. Fale mal de Pinochet e tudo bem. O brasileiro não tem nenhuma deformação na massa cerebral não, leitor. O que lhe falta é vergonha. Se encarasse o contra-cheque visando uma prática profissional honesta, sem a menor intenção de burlar o governo, ficaria louco com a carga tributária. Se sentisse mais o peso dos impostos ao invés de ser adulado com bolsas-esmola mesmo na informalidade (“não é culpa dele não, tadinho, é da sociedade, do ACM, dos 500 anos, etc, etc”), talvez ele fosse mais crítico dos seus políticos e de seus amigos.
É fácil jogar pedra nos outros com a desculpa de que “eles são poderosos”. Chega a ser cansativo ouvir este discurso. É possível, sim, como diz Caplan, cair numa armadilha das idéias (vá ao google e busque por “The Idea Trap”).
Eu sei que é difícil explicar isto. Mas ajudaria se o pessoal deixasse este estranho ufanismo xenófobo de lado.
Claudio
”Brasilidade” eleva vendas de produtos de beleza, diz NYT
Cadê o MST? A UNE? Gente! Alguém tem que fazer algo logo!
Claudio