Veja aí mais um estudo sobre os efeitos do etanol sobre o meio ambiente.
Claudio
De Gustibus Non Est Disputandum
Porque não existe almoço grátis
Fiz a observação outro dia. Vou refazer:
Dois alunos, um de Economia e outro de qualquer outro curso.
– Vocês economistas são muito malvados e calculistas. Não são solidários.
– Será que você tem razão?
– Claro, veja só. Vocês não aceitam nem que o governo gaste mais do que arrecada! E o social? E o social? É só o financeiro?
– Você pretende ter filhos?
– Claro, não sou economista (riso sarcástico).
– E você quer que ele exerça sua liberdade plena?
– Claro, não sou economista (mais risos sarcásticos).
– Então você acha justo que ele pague pela dívida pública que você está criando com sua irresponsabilidade fiscal?
– Não.
– Então, quem é o malvado?
– Ehr..bem…veja…você não está entendendo…eu disse…ahh
– Não, não. Tá bom. Já vi que você entendeu. Tá até tossindo.
Moral da história: no longo prazo, você estará morto. Mas seus netos podem pagar pelos seus erros. Mané!
Claudio
Veja só isto.
Trecho:
Estudo divulgado nesta quarta-feira, 25, pelo Ministério da Saúde mostra que as mortes provocadas por acidentes de trânsito aumentaram 9% em três anos. Em 2005, os registros de óbitos chegaram a 35.753, três mil a mais do que o registrado em 2002: 32.753. O trabalho, conduzido pela Secretaria de Vigilância em Saúde, constata que houve uma reversão de tendência de queda dessa causa de morte, registrada a partir de 1998, quando o entrou em vigor o novo Código de Trânsito Brasileiro.
Os números mostram que, entre adolescentes, os acidentes de trânsito já ocupam a segunda causa de morte, perdendo apenas para homicídios. Em 2005, 3.976 pessoas entre 10 e 19 anos morreram no trânsito.
Especialistas atribuem o aumento ao consumo de bebidas alcoólicas, alta velocidade, falta de uso do cinto de segurança e, no caso de motos, a falta de uso de capacetes. As condições inadequadas de rodovias e vias públicas também são apontadas como fatores de risco para os acidentes. Analistas também atribuem esta tendência de aumento ao aumento de uso de motos, sobretudo nos municípios menores.
Eu diria mais: a falta de credibilidade do sistema de incentivos ajuda a entender o porquê de as pessoas fazerem o que os especialistas estão coletando na amostragem. Marcos Mendes já mostrou isto em artigo publicado, creio, na Economia Aplicada, há alguns anos. Quando as pessoas percebem que a punição não é bem lá aquelas coisas, voltam a desrespeitar a lei.
Claudio
Sei, sei. Sai desta, mané.
Claudio
Continue lendo ““Aluno de universidade pública é melhor do que de universidade privada””
Renato leu nosso artigo (meu, do Leo, do Ari, do André e do Otávio) mas respondeu para mim.
Acho que merece os comentários de todos. Reproduzo-o e faço um breve comentário ao final.
Lendo Shikida e uma sugestão
Muito interessante o último artigo publicado pelo economista Claudio Shikida, sobre o que teria motivado a reeleição de Lula. Mas, ao ler o artigo, acabei pensando em outra questão, que é a seguinte: a matemática AFASTA leitores que não a compreendem de ler artigos que a utilize ou a discuta.
Claro que, como um paper, a discussão do modelo e a explicação do uso que é feito da matemática é perfeitamente compreensível. Mas se, por exemplo, um amigo meu que cursa História quiser ler o tal paper, provavelmente ele reclamará da ‘inútil’ e ‘tediosa’ discussão da matemática.
Mas isso não aconteceria com outros trabalhos? Por exemplo, um trabalho de sociologia que citasse autores ou idéias desconhecidas e incompreensíveis para um determinado leitor? Arrisco dizer que não. A diferença é a seguinte: enquanto que no uso do português, o indivíduo compreende o que está sendo expresso(reconhece as letras, a palavra, a estrutura gramatical), a maior parte das pessoas desconhece a linguagem matemática utilizada naquele nível. Mesmo que o indivíduo não entenda, por agora, o significado daquilo que foi expresso em língua portuguesa, ele compreende que algo foi expresso. Já quando se utiliza a linguagem matemática, ele não faz a mínima idéia daquilo que se tentou expressar.
Ou seja, o uso do português, mesmo que não seja claro, é superior ao uso da matemática, mesmo que corretamente utilizada, visto que no primeiro caso o indivíduo compreende exatamente por quais formas o pensador tentou expressar suas idéias, enquanto que no segundo ignora por completo o procedimento que foi adotado.
Pode-se argumentar, então, que os indivíduos só se importam com os resultados da pesquisa, mas não é exatamente verdade, pois também se interessam em refazer os passos que foram dados para alcançar aquele resultado. Mas até que ponto os indivíduos, pelo menos os leigos, querem refazer esses passos ou simplesmente tomar nota de que eles foram dados?
Como podemos resolver este impasse? Por parte do Shikida, escrever um artigo destinado ao público em geral, ‘escondendo’ a discussão matemática e do modelo, ainda que citando esta discussão em algum lugar, e resumindo os dados obtidos. Por parte do público em geral, dotá-lo de conhecimento matemático suficiente para entender aquilo que foi feito e depois discutido.
Bom, o André escreve neste blog. O Ari também. O Leo está com sua carreira solo agora (veja os links fixos) e o Otávio não tem blog.
Renato, meu único comentário é: uma coisa é uma coisa, outra é outra. O artigo é aquele mesmo. Tem um resumo no início, justamente para ajudar o leigo.
Claro, fazer um artigo para jornal – que é o que você parece sugerir – é algo que passou pela minha cabeça (em conversa informal com o Ari, ontem).
É mais ou menos isso que você sugere, né?
Claudio
Mais um pouco de saudosismo. Akina Nakamori, em início de carreira. Sua ótima performance no Kouhaku de 1983 (debut) e com a excelente “Desire” no Kouhaku de 1986.
Daí para frente o Kouhaku tem decaído um bocado na opinião dos mais velhos (e na minha também). Ainda assim, religiosamente, assisto ao show todo final de ano.
Claudio
p.s. será que terei tempo para mais um “adivinhe quem disse”?
Esta menina dança que é uma beleza.
Sei, sei, já saiu de moda. Mas, ei, eu sou velho, “véio”!
Claudio
p.s. outro video.
Ela já foi conhecida como a rainha do Enka, pela sua beleza ímpar (e a sexy voz rouca). E este é um de seus maiores sucessos. Com vocês, Aki Yashiro.
Claudio
p.s. Ok, Hibari Misora é conhecida, também como rainha do Enka, mas a mais sexy, sem dúvida, é Aki Yashiro…
Na academia brasileira, parecerista nem sempre cumpre sua função. Então, aí vão alguns conselhos.
Claudio
Ah, eu sabia. Afinal, eu li os textos antigos do ministro.
Claudio
Palestra importante para quem curte o tema na Escola de Governo aqui em Belo Horizonte, em breve, muito breve. Ivan César é um dos poucos que não desprezam a econometria em seus estudos.
Dia 27/04, se não me engano.
Claudio
Palestra importante para quem curte o tema na Escola de Governo aqui em Belo Horizonte, em breve, muito breve. Ivan César é um dos poucos que não desprezam a econometria em seus estudos.
Dia 27/04, se não me engano.
Claudio
…todos estaremos mortos (Keynes)
… todos os custos são variáveis, exceto os “sunk costs” (microeconomistas)
… todos estaremos mortos, mas isso vai demorar mais para acontecer (Fogel)
… nossos netos pagarão a dívida do governo (Buchanan).
Alguma sugestão?
Claudio
Por decreto, Butão vai virar democracia
E você achava que só o rei mandava no Butão? Pois é. Os tempos mudam.
Claudio
Para muita gente, setor “estratégico” na economia diz respeito à produção de submarinos nucleares ou a microchips. Para mim, utensílios para cegos são muito mais estratégicos. Um cego, por exemplo, não pode ler este blog. E nem olhar as horas. Digo, as horas ele pode.
Incrível como as pessoas podem ter conceitos diferentes sobre a mesma coisa. O difícil é ver como tem gente que não se importa com a imprecisão dos termos.
Claudio
p.s. há inventos que eu valorizo mais que outros. Mas são minhas preferências, claro.
Eis o exemplo do progressista e solidário governo de Cuba.
Aí eu pergunto ao leitor: quem gosta do regime político, sócio-econômico de Cuba é neoliberal, liberal, paleoliberal ou…outra coisa?
Claudio
Continue lendo “Como diminuir o poder dos meios de comunicação?”
Então devemos reprovar ou aprovar?
Claudio
Isto é o que diz a mente do sujeito cheio de ideologia e vazio de método científico. Mas fatos e teoria são fatos e teoria. Eis que o debate prossegue.
Claudio
Nem o IBGE escapa da fúria selvagem.
Claudio
p.s. andam me dizendo que, sim, levaram discos com informações sigilosas. Alguém sabe mais sobre isto? As notícias não dizem nada sobre isto.
Human preferences for facial masculinity change with relationship type and environmental harshness. Behavioral Ecology and Sociobiology, 61(6): 967-973.
Subitamente, aquela história do casal central do filme Titanic faz todo sentido para mim…
Claudio
p.s. veja também esta crítica interessante sobre a tese abortista de Levitt.
O que Janer não entendeu? Simples: este caso e o de Unger são basicamente idênticos. E dizem o óbvio: incentivos importam. Afinal, quanto vale uma aposentadoria de um cargo público de status ministerial?
Claudio
Para o Janer, eu digo, durante a fase em que alguns professores pterodoxos tentaram me doutrinar (ao invés de me ensinar economia) na faculdade, eu fui uma solene besta. Hoje não sou mais.
Entretanto:
“Mangabeira, como grande parcela da população brasileira, mudou de idéia e concluiu que o presidente não teve nada a ver com a crise”, disse o pastor e senador. Questionado se não haveria nenhum constrangimento o senador e pastor disse que “o constrangimento é de quem não sabe voltar atrás. As pessoas têm opinião e podem mudá-la”.
Isso é verdade. Albert Camus temia o homem incapaz de mudar de idéias. Ocorre que mudar de idéia não significa simplesmente negar hoje o que se escreveu ontem. Mudar de idéia exige uma reflexão sobre o que se pensava ontem e outra sobre o que se pensa hoje. Não é coisa que dependa da oferta de uma prebenda. Se Mangabeira ainda ontem considerava o governo Lula corrupto, supõe-se que tenha feito profundas reflexões para chegar à conclusão de que não é. Pois a esta conclusão deve ter chegado o professor, para aceitar participar de um governo que antes considerava corrupto.
Clique no trecho para ler o texto completo.
Claudio