Se dermos ao governo o direito de determinar o que o corpo humano deve consumir, de determinar se alguém deve ou não fumar, deve ou não beber, nada poderemos replicar a quem afirme: ‘Mais importante ainda que o corpo é a mente, é a alma, e o homem se prejudica muito mais ao ler maus livros, ouvir música ruim e assistir a maus filmes. É pois dever do governo impedir que se cometam esses erros.
Este trecho é de Mises, em “As Seis Lições” (p.21).
Para refletir:
1. Quem pode dizer o que é bom para sua mente?
2. O governo representa esta vontade?
3. Uma monarquia hereditária, uma monarquia não-hereditária, uma ditadura, um governo democrático (com eleições periódicas e troca de poder consentida por todos)…será que esta distinção importa?
4. O fato de o governo ter um excelente técnico num órgão público significa que ele agirá conforme o interesse geral? Se sim, defina interesse geral. É possível definir um “interesse geral” de forma a que o mesmo seja adequado para o efetivo governo baseado nas preferências dos indivíduos-eleitores?
Liberdade, como diz Mises, é impossível fora da sociedade (ao contrário do que disse Rosseau). Isto não torna o problema mais fácil. E se não é fácil, temos de pensar muito antes de agir e falar.
Claudio
p.s. veja, por exemplo, como a política pública pode tomar rumos surpreendentes aqui.