O Garganta de Fogo matou minha curiosidade.
Claudio
De Gustibus Non Est Disputandum
Porque não existe almoço grátis
…para reduzir a miséria na África vai bem. Veja o último prospecto sobre o assunto.
Recomendo aos jovens empreendedores brasileiros que desejam reduzir a pobreza sem aumentar o tamanho do governo que pensem em algo similar. Quem sabe no IEE ou no IM há alguém interessado no tema?
Claudio
Alguns deputados do Congresso se parecem muito com Ahmadinejad. De alguma forma, isto pode ser preocupante…
Claudio
O problema é quando a mente científica dá lugar à mente religiosa.
Claudio
Claudio Humberto me faz lembrar da “guerra suja” declarada pelo sr. Pomar há poucos dias.
Claudio
Este artigo de Don Bodreaux merece uma leitura cuidadosa. Vale a pena pensar em problemas simples e nos problemas de testes empíricos? Claro. Amigos meus que gostam de Econometria mais do que o normal costumam reclamar da falta de evidência em explicações puramente teóricas.
Eles estão parcialmente certos. É verdade que a Econometria ajuda a testar hipóteses. Não é o único método (lembre-se do equilíbrio geral computável e da economia experimental), mas é importante que, no caso de falta de consenso, o cientista recorra a alguma explicação primária.
O aumento do salário mínimo causa desemprego? Pergunta de livro-texto e cujas evidências empíricas não são (e talvez nunca sejam) decisivas. O que fazer? Continuar testando, claro. Mas não apelar para pensamentos malucos ou teorias desprovidas de sentido lógico.
Leia o post todo porque vale uma discussão em sala de aula.
Claudio
Piada de Ciclos Econômicos Reais [tradução deste post]
Um grupo de macroeconomistas se encontra em um painel de uma conferência, discutindo os desenvolvimentos da disciplina.
Em um debate acalorado, o Novo-Keynesiano diz ao adepto dos Ciclos Econômicos Reais: “Vocês colocaram a macroeconomia uns vinte anos no passado com este absurdo”!
O economista adepto dos Ciclos Econômicos Reais sorri e diz: “Então você realmente acredita em choques negativos de produtividade afinal…”.
Excelente!
Claudio
Nos anos 90 fiz um experimento com alguns alunos. Todos foram ler capítulos do “Mauá, o Empresário do Império” do Jorge Caldeira. O objetivo era identificar descrições econômicas nos capítulos. É que em Belo Horizonte existe um movimento anti-teoria econômica muito forte e, de vez em quando, é preciso lembrar os alunos de que não devem acreditar em tudo o que dizem por aí (o que inclui, obviamente, muito do que falo).
O exercício foi bacana, com todas as limitações de sempre, pois o pessoal conseguiu fazer belas apresentações mostrando como a descrição econômica de alguns capítulos tinha tudo a ver com o que aprenderam em Microeconomia ou Macroeconomia. Obviamente, analisaram a História para fazer isto, o que deixa muito pterodoxo com raiva de mim, por bobagem…
Bacana mesmo é ver que Cisco acaba de fazer algo parecido com o Mercador de Veneza (nunca li, a propósito…).
Claudio
Cientistas são seres humanos, logo racionais.
Esta notícia é, realmente, engraçada. Faz-me lembrar um colega meu que falava de um congresso, na Suíça, para discutir o as condições de vida na África. Engraçado, para não dizer trágico.
Claudio
Notícia interessante.
Trecho:
A manchete da Folha deste domingo traz uma excelente questão para ser devidamente tratada pela oposição na campanha eleitoral. Como sabemos, o Babalorixá de Banânia tem um orgulho enorme dos 4,2 milhões de empregos que criou — a promessa era gerar 10 milhões, sempre é bom lembrar. Pois bem. Reportagem de Fernando Canzian demonstra que “a velocidade das demissões de pessoas com maior escolaridade é hoje superior às contratações. Entre os menos escolarizados, ocorre o inverso”. Sabe o que isso significa? Piorou a qualidade da mão-de-obra no país. Está encolhendo o número de pessoas que recebem de 5 a 20 salários mínimos: eram 39% em 1997; hoje, são 26,1%. As famílias com renda de até 2 mínimos cresceram de 28,1% para 39,5%. Esses empregos de baixa qualidade crescem mais no Nordeste e entre as pessoas de baixa escolaridade, dois redutos eleitorais de Lula.
Será isto um problema estrutural ou conjuntural?
Claudio
Agora tem data: estréia no dia 1º de agosto a primeira fase do projeto Excelências – o banco de dados de históricos de deputados que buscam a reeleição, que temos preparado aqui na Transparência Brasil. Além dos que procuram reeleição, esse cadastro incluirá ex-ministros, ex-governadores, ex-prefeitos de capital que sejam candidatos à Câmara.
Os históricos incluirão dados a respeito do desempenho parlamentar, como empregaram verbas de gabinete, informações sobre seu financiamento político em pleitos anteriores, menções relevantes no noticiário sobre corrupção e — o mais importante — os processos em que os indivíduos são indiciados como réus, se for o caso.
Como o cadastro incluirá todos os candidatos, possibilitará a comparação entre as folhas corridas de quem teve uma passagem limpa pela vida pública com aqueles sobre os quais pesam suspeitas.
Confira aqui e no sítio da Transparência Brasil, no dia 1º de agosto, a referência ao sítio do “Excelências”, com as relações de candidatos de três estados: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Nos dias subseqüentes, os candidatos dos demais estados serão gradualmente incluídos.
O link é o do “Deu no Jornal” (link fixo ao lado).
Mais um excelente trabalho. Espero que a base de dados seja amigável para pesquisadores. Ou de fácil acesso. Gostaria de testar algumas hipóteses sobre o comportamento de políticos com estes dados.
Ah, fomos linkados lá, sem saber, e, por coincidência – a falta de tempo (e o sumiço do Ari, preguiçosão…:-)) me consome… – eu acabo de linká-los aqui.
Claudio
Continue lendo “Banco de dados novo, útil e bem interessante”
Eis um bom exemplo:
Pela lei assinada por Lula, os motoristas que ultrapassarem os limites de velocidade em mais de 20% e até 50% cometerão uma infração grave e serão punidos com multa de 120 ufirs. Antes, o CTB previa que os motoristas que ultrapassassem em mais de 20% a velocidade máxima cometiam falta gravíssima e seriam punidos com multa de 540 ufirs. Agora, essa multa, de 540 ufirs, será cobrada de quem exceder em mais de 50% os limites. Nesses casos, o motorista também terá apreendida a sua carteira de habilitação por cometer infração gravíssima.
Desde que estudei o Fundo de Participação de Municípios (FPM), eu fico preocupado quando o governo começa com critérios matematicamente discretos como este. Afinal, se alguém ultrapassar a 21% a velocidade máxima, diríamos que ele está mais próximo de uma infração de 20% ou de 50%? A maioria dirá que é dos 20%, mas a lei dirá que o sujeito se enquadrou nos 50%.
Talvez não tenha solução simples, mas deveria ser uma questão mais bem trabalhada. Qual? A de se criar leis que não dependam de intervalos discretos como este.
Claudio
p.s. Sim, existe um texto publicado na Estudos Econômicos (se não me falha a memória), na qual os autores propõem um critério diferente para o FPM e que não depende de faixas discretas.
p.s.2. Uma segunda questão, independente da que expus acima é a de que eu não acho este um critério justo, como alega o autor do projeto. Acho injusto. O incorreto é ultrapassar o limite. Não tem isto de ultrapassar mais ou menos. É como matar alguém com duas ou dez balas. Matar é o crime, não o número de balas utilizada no assassinato.
Continue lendo “Exemplo de discriminação de preços governamental”
Notícias que não melhoram o nosso humor.
Claudio
Filisteu nos conta a história. A burocracia da UFRGS poderia ter sido mais eficaz? Com a palavra, o leitor.
Claudio
Na academia, heterodoxo é sinônimo de simpatizante do partido do atual ocupante da Granja do Torto. Uma coincidência que talvez seja uma herança tipicamente brasileira, do passado militar recente.
De qualquer forma, é irônico, para mim, ver o inacreditável “timing” com que o pacote cambial foi anunciado: bem no meio do processo eleitoral. É uma conclusão típica de modelos não-heterodoxos.
Só rindo mesmo. E olha que o mercado achou o pacote tímido. É uma meta-ironia…
Claudio
O conselheiro da Transparência, Emerson Kapaz, e as ambulâncias, no Contas Abertas.
Claudio
UPDATE- do “Deu no Jornal” (links fixos ao lado):
Quase simples – a repórter Cátia Seabra foi entrevistar a ex-mulher do empresário, acusada de ter recebido parte do dinheiro em sua conta bancária. Ela confirmou. O que exatamente foi negociado entre o ex-deputado e a máfia dos sanguessugas ainda está por ser contado, mas a evidência (aqui sim) robusta de que houve pagamento está clara. Soube que a Veja entrevistou a ex-mulher do ex-deputado, mas se obteve dela a confirmação isso não ficou claro no texto.
* Brigas de paradigmas…novamente.
* Terrorismo e mercado financeiro
Claudio
p.s. neste último caso, a evidência é interessante: mercados não curtem guerras. O argumento é um pouco mais sutil, mas leia você mesmo e tire suas conclusões.
Soltinhos, soltinhos. Pressões para cá, para lá, e o invasor escorregou das mãos da Justiça. Haja…
Claudio
Eu sei que muitos leitores e leitoras deste blog estão muito chateados com o desenrolar das investigações sobre Celso Daniel (dentre outros), sobre o mensalão e sobre outros problemas que os políticos nos trazem todos os dias como produtos da “sociedade individualista”.
Eu sei e concordo. É muito chato mesmo. Assim, esta notícia pode ser encarada de duas formas: ou estão oficializando, no Rio de Janeiro, o significado popular destes problemas; ou estão realmente preocupados com a saúde do carioca.
Você sabe, leitor(a). O título deste blog é: “gosto não se discute” (de gustibus non est disputandum)…
Claudio
Por que acho que alguns não entendem bem a relação entre direitos humanos e direitos de propriedade? Aviso já: não se trata de minúcias jurídicas, mas de pontos teóricos. E de um economista (bem amparado em Armen Alchian, claro…).
Claudio
p.s. Confira também este ensaio sobre “economia solidária”.