Pérolas do comunismo soviético:
Da entrada de um dos lagpuntks, “pendia um arco-íris de compensado com uma faixa por cima, na qual se lia que ‘Na URSS, o trabalho é questão de honestidade, honra, bravura e heroísmo!'”. Numa colônia de de trabalho (…), Barbara Armonas foi acolhida com esta faixa: “Com trabalho honesto, saldarei meu débito para com a pátria”. Chegando em 1933 a Slovetsky (que se tornara prisão de segurança máxima), outro preso viu um aviso que dizia: “Com mão de ferro, conduziremos a humanidade à felicidade!” Yuri Chirkov, detido aos catorze anos, também deparou com um aviso em Solovetsky: “Por meio do trabalho, a liberdade!”, slogan que é tão contrangedoramente parecido quanto possível com o Arbeit macht frei (“O trabalho liberta”) que se via sobre os portões de Auschwitz. [Anne Applebaum, Gulag, Ediouro, p.221]
A tradição do marketing político vem de longe…
Ditaduras são indefensáveis, claro. Mas o (de)mérito dos campos é soviético. Nazistas decidiram por exterminar judeus em 1942. Contudo, segundo nos esclarece George Watson, em The Lost Literature of Socialism (1992, The Lutterworth Press), nazistas já conheciam o esquema soviético de trabalhos forçados em campos de concentração desde a época em que se aliaram (1939-41).
Azar mesmo teve Margarete Buber-Neumann, uma comunista alemã. Ela esteve em campos de concentração nazistas e soviéticos.